Evento discutiu projetos de drenagem sustentável, como alternativa mais inteligente, duradoura aos piscinões para combater enchentes na cidade

A Câmara Municipal de São Paulo, por iniciativa do vereador Gilberto Natalini (PV-SP), recebeu nesta 4ª feira (4/03), o I Encontro de Soluções Sustentáveis e Ações Socioambientais, que discutiu propostas para combater enchentes e alagamentos na cidade de São Paulo. O encontro foi coordenado pelo vereador Gilberto Natalini (PV).

O encontro foi proposto pela sociedade civil, representada pelos movimentos sociais e socioambientais da cidade: Movimento pela Praça São Crispim, Praça São Crispim # Drenagem Sustentável, Programa Transformando Sucata em Cidadania, Sampa- Associação de Moradores e Amigos do Centro, Associação Santa Cia, Pompeia Sem Medo, Ipojuca Corajosa, Comunidade Brasil, Associação de Moradores e Amigos da Lapa, Associação de Moradores de Itaquera, CNTU- Sustentabilidade , Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, Rede de Parques.

Paralelamente aconteceu uma exposição institucional de projetos, serviços e produtos sustentáveis, como telhas com células fotovoltaicas, projetos arquitetônicos, instalações de reuso e reutilização de águas cinza, projetos em espaços públicos de drenagens sustentáveis, demostrando que estas estruturas, deveriam ser obrigatórias em toda cidade, para evitar e prevenir as enchentes e inundações , que tanto castigam a população.

“A ideia de realizar essa discussão ampla surgiu após publicação do edital da Prefeitura para construção de novos piscinões via parceria público-privada (PPP) sem ouvir a população dos bairros mais atingidos. Um desses projetos está previsto na praça São Crispim, na Lapa, o que acabará com o espaço verde e de convivência dos moradores”, explica a gestora socioambiental Annabella Andrade.

“Existem alternativas aos piscinões que são mais baratas e sustentáveis e que respeitam as áreas verdes, tão escassas em nossos bairros”, afirmou Natalini.

Soluções de drenagem urbana sustentável vêm sendo desenvolvida por pesquisadores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), por exemplo. No entanto, esses projetos que são mais modernos e menos invasivos não estão na pauta de obras da Prefeitura.

As enchentes precisam ser combatidas, mas é necessário abrir a discussão para soluções alternativas, que são conhecidas internacionalmente como infraestruturas verdes e azuis. Além disso, já tivemos piscinões que acabaram por piorar o problema das enchentes, como foi o caso do Jardim Maria Sampaio, em janeiro de 2014, o piscinão transbordou devido às fortes chuvas e a água invadiu casas e comércios do bairro, provocando prejuízos para a população, que não foram reparados até hoje.

Por todos esses motivos, o I Encontro de Soluções Sustentáveis e Ações Socioambientais contou com a participação de pesquisadores(as) da área que apresentaram novas propostas, como as arquitetas Paula Lemos e Fernanda Colejo, a engenheira Beatriz Codas e o professor Paulo Pellegrino. Além disso, o evento contou com uma exposição de empresas e desenvolvedores de projetos ambientais que apresentaram os programas que já vêm sendo desenvolvidos nesse setor.

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