O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente realizou um estudo estratégico que visa garantir um futuro sustentável para o planeta através de investimentos no valor de 2% da riqueza gerada pela economia global em dez setores-chave. Este relatório acaba de ser apresentado em Nairóbi, na reunião dos ministros do Meio Ambiente.
De acordo com as Nações Unidas, a renda individual superaria as trajetórias previstas pelos modelos tradicionais, ao mesmo tempo em que reduziria à metade a "pegada de carbono" per capita da humanidade até 2050. Porém, reestruturar a economia global contraria muitos interesses poderosos, o que seria um desafio para o mercado de trabalho.
Na décima edição da Conferência de Produção Mais Limpa e Mudanças Climáticas, que será realizada no dia 24 de agosto de 2011 no Memorial da América Latina, serão discutidas exatamente estas questões. Segundo Achim Steiner, diretor executivo do PNUMA, as economias precisam continuar a ser desenvolvidas e expandidas, mas este desenvolvimento "não pode vir às custas dos próprios sistemas que sustentam a vida na terra, nos mares e em nossa atmosfera, que por sua vez sustentam nossas economias e a vida de cada um de nós".
Referido documento destaca que a generosidade e equilíbrio da Terra não são eternos, o que nos faz pensar na frequente escassez de comida; o crescente abismo entre demanda e fornecimento de água doce; destruição das florestas tropicais; mudanças climáticas cada vez mais rápidas.
Fonte: PNUMA; Uol; Folha