Aconteceu neste sábado (27) o 2°Fórum Interprofissional sobre Psoríase e Vitiligo, no auditório da UniCesumar, em Ponta Grossa- Paraná. O evento apresentou os cuidados de saúde e o impacto na autoestima. O encontro foi aberto ao público e reuniu profissionais de diversas áreas e os maiores especialistas no assunto para desmitificar alguns estigmas associados a estas doenças e mostrar as principais novidades no tratamento. O Fórum também abordou as diferentes formas que as doenças se manifestam no organismo, a importância do diagnóstico precoce, o combate ao preconceito, o atendimento psicológico e os cuidados estéticos necessários.
Os palestrantes foram: o médico e vereador Gilberto Natalini (PV-SP), Dr. Cid Sabbag- dermatologista e especialista no tratamento de psoríase e vitiligo, Dra. Maria Helena Mandelbaum- enfermeira, Sra. Irani Corrêa da Costa, Dr. José Orestes Zanini Junior e a Dra. Juliana Ribeiro.
De acordo com a esteticista Irani Corrêa da Costa, psoríase e vitiligo não tem cura, mas é possível controlar a doença para que o paciente não manifeste as lesões. Ela é proprietária do Kaloo Estética e trouxe, com exclusividade, um novo tratamento com fototerapia. “A psoríase e o vitiligo melhoram com a exposição ao sol, de maneira moderada e controlada. Pensando nisso, desenvolvemos um banho de luz com lâmpadas específicas que, aliados aos medicamentos e acompanhamento médico, traz ótimos resultados”, conta. Ela acrescenta que durante o inverno, a pele de quem possui a doença fica mais ressecada e exige hidratação constante.
“Realizamos o Encontro em São Paulo há 17 anos, em parceria com o Dr. Cid Sabbag. O tema dos nossos encontros é “A Psoríase não tem cura, mas o preconceito tem”. A partir desses eventos conquistamos muitas coisas como 4 Centros especializados para tratamento de psoríase, três já em funcionamento e um em processo de instalação; foi feito um protocolo pela Secretaria de Saúde para os profissionais de saúde; produzimos 300.000 cartilhas educativas, entre tantas outras ações. Como dizia Mario Covas, “Não há governo ruim para um povo organizado”, assim foi com a psoríase em São Paulo.
Psoríase
A psoríase é uma doença sistêmica de origem genética e estima-se que ela atinja 3% da população. O próprio sistema imunológico do paciente provoca uma inflamação crônica na pele que descama causando ardência e coceira. As placas costumam se acumular nos joelhos, cotovelos e couro cabeludo. De acordo com o médico dermatologista Cid Yazigi Sabbag, os sintomas da psoríase são muito parecidos com várias doenças de pele, daí a demora no diagnóstico. Ele alerta que, quanto mais cedo o paciente iniciar o tratamento, menor o gasto com medicamentos de alto custo e menor a chance de agravamento da doença. “A psoríase é mais conhecida pelas lesões na pele, mas pode atingir articulações, tendões, músculos e outros órgãos se não for tratada de maneira adequada. Ela também é um importante fator de risco para doenças cardiovasculares”, explica. O médico acrescenta que a psoríase é comumente negligenciada e, entre os cuidados incluem evitar medicamentos com corticoides, tomar sol com moderação, usar filtro solar e hidratante diariamente.
Vitiligo
A perda gradativa da coloração da pele nos locais afetados é a principal característica do vitiligo. O tamanho e quantidade das manchas varia de acordo com cada paciente. Assim como a psoríase, o vitiligo tem forte impacto na autoestima e está associado a alterações psicoemocionais. “Algumas emoções podem desencadear o processo e o autoconhecimento é importante para que o paciente aprenda a gerenciar estes fatores. O apoio psicológico também é fundamental para o resgate da autoestima e da autoimagem”, enfatiza a enfermeira Maria Helena Mandelbaum. Ela destaca que as pessoas com vitiligo precisam ter cuidados especiais com sua pele, pois as áreas brancas têm menor capacidade de proteção contra as radiações e agressões. “Os pacientes devem hidratar a pele e usar protetor solar, mas também precisam tomar sol. Os raios solares são necessários para ajudar na ação dos medicamentos que vão promover a pigmentação da pele”, esclarece. O vitiligo não é contagioso e não traz prejuízos à saúde física. No Sul, estima-se que 0,40% da população tenha a doença.