Aconteceu esta semana o workshop “Tratamento de Matéria Orgânica em Resíduos Sólidos”, organizado pela Abrelpe – Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública, com apoio da ISWA – International Solid Waste Assoc. e da CIT. Assoc. de Compostagem da Itália. O Vereador Gilberto Natalini foi representado por seu assessor de meio ambiente Marcelo Morgado.
A Itália é o país europeu mais avançado no tema, onde há 280 plantas de compostagem e 20 usinas de produção de biogás para gerar eletricidade e vapor a partir da decomposição da fração orgânica de resíduo sólido urbano, resíduos de poda e de indústrias alimentícias.
O crescimento do setor foi muito rápido com incentivos do governo. Em São Paulo calcula-se que 51% do RSU seja orgânico, um padrão semelhante ao resto do Brasil. Caso se consiga montar uma logística para separar sobras da preparação de alimentos das residências e restaurantes e indústrias e poda de áreas verdes as rotas da digestão anaeróbia para gerar metano e a compostagem (processo aeróbio, ou seja com aeração) são muito adequadas.
Além das apresentações de especialistas italianos, houve apresentações da Secretaria do Verde e Meio Ambiente e da Cetesb, representada pelo eng. Flávio Ribeiro, assistente-executivo da Vice-presidência.
Assim houve a comparação com o que vem sendo feito em São Paulo, estado e capital, no tema, que por ora ainda é incipiente, já que a experiência brasileira com usinas de compostagem foi ruim. A razão principal foi a insistência das prefeituras em se processar o lixo apenas segregado por passagem em esteiras, resultando em um composto com plástico, caco de vidro e até pilhas, rejeitado pelos agricultores.
Na Itália a adesão da população (donas de casa separam talos de verduras e cascas de legumes e de frutas nas suas pias em cestos marrom padronizados) leva a um composto de alta qualidade que também incorpora produtos alimentícios vencidos e lodo de estações de tratamento de esgoto doméstico.