O Vereador Gilberto Natalini tem assento como um dos conselheiros do COSEMA – Conselho Superior de Meio Ambiente da FIESP, assim como seu assessor de meio ambiente, Marcelo Morgado, que o representou na 111ª reunião mensal em 25/02, em que se discutiu o andamento das obras da Copa, com apresentação do eng. José Roberto Bernasconi, também conselheiro, pres. do SINAENCO, sindicato das empresas de engenharia e arquitetura.
Foram mostrados o status atual do cronograma, os grandes atrasos e o aumento enorme nos valores previstos. O total já extrapola R$ 3,7 bilhões e 22 obras de mobilidade previstas foram canceladas por não terem como ser implantadas a tempo. Um caso emblemático é o do estádio do Maracanã, reformado por R$ 300 milhões para Panamericano, totalmente reconstruído por R$ 1,1 bilhão para a Copa e que não poderá sediar as Olímpiadas, pois o projeto não previu a entrada para as delegações.
O diagnóstico é que se faz necessário um esforço por bons projetos de engenharia e que não deveriam ser contratados ao menor preço, pois apesar de representar cerca de 4 % do valor total, são fundamentais para o sucesso dos empreendimentos. Ou seja o barato pode sair muito caro, sobretudo considerando o custo operacional. Regimes excepcionais de licitação como o RDC, criado para a Copa; a grande demora para se abrir concessões como a dos aeroportos; liberação de licitações apenas com projeto básico vão todas de encontro a racionalidade dos gastos e criam “clima favorável” à pressa e ao superfaturamento.
O assessor Marcelo Morgado levantou a questão da adoção de padrões de construção verde e lembrou que apenas o novo Mineirão contará com ampla cobertura de placas fotovoltaicas, uma oportunidade que se perde. O assessor também lembrou que nas obras do Itaquerão a odebrecht utilizou 2000 m³/mês de água de reúso da Sabesp na terraplenagem, para ajustar a umidade ótima de compactação do solo. O Vereador Natalini autor da lei municipal 13309/2002, que estabeleceu o reúso na lavagem de ruas, calçadas e monumentos, protocolou o PL 870/2013 com novas aplicações urbanas para a água de reúso como na terraplenagem (conheça o PL na íntegra neste sítio).
Complementando a sessão, houve apresentação do Prof. Dr. Arlindo Philippi da USP, também conselheiro, que mostrou um panorama da pós-graduação no país. Há dados que mostram avanços significativos e maior rigor na avaliação das instituições, mas é preocupante que haja graves problemas de gestão como no “Ciências sem Fronteiras”, com atraso nas bolsas por meses na Irlanda e estudantes que sequer falam inglês e foram para o exterior e não podem acompanhar as aulas (isso atinge 27% do total na graduação). Isso também levou a uma indesejável concentração de bolsas para Portugal e Espanha que hoje se busca sanar.