Governo de SP deve anunciar plano estadual de vacinação da CoronaVac nesta segunda

O governo de São Paulo anuncia nesta segunda-feira (7) o plano estadual de vacinação da CoronaVac. Produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, a previsão do governo paulista é a de que ela possa começar a ser aplicada na população em janeiro de 2021.

A vacina ainda está na terceira fase de teste, em que a eficácia precisa ser comprovada antes de ser liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O envase da matéria-prima recebida na semana passada começa a ser feito nesta segunda.

Na semana passada, o governo estadual afirmou que o relatório final dos testes deve ser enviado ao órgão ainda em dezembro e que não deve ser necessário solicitar o uso emergencial da vacina.

Segundo o Governo do Estado, a vacinação em São Paulo será realizada mesmo sem investimento do governo federal.

Público-alvo
O coordenador do Centro de Contingência para Covid-19, José Medina, disse que o plano deve começar pelos profissionais de saúde e pessoas acima dos 50 anos. A campanha tende a ser similar a da gripe, que é realizada anualmente em todo o país.

“Quem tem entre 50, 60 anos, a letalidade é de 3%. E ela é gradativamente subindo quem tem mais de 80 anos, até 80, 89 é de 32% e mais de 90 anos, é de 39%. E esse é o principal critério para a utilização da vacinação. Talvez o principal critério a ser utilizado é a vacinação das pessoas acima de 50 anos. São as pessoas quem têm mais risco, são as pessoas que saturam o sistema de saúde. Além disso, a vacinação dessas pessoas quebra o círculo de circulação do vírus”, disse Medina.

Matéria-prima
O governo de São Paulo já recebeu 120 mil doses prontas da vacina, além da carga de insumos que pode virar até 1 milhão de doses.

Os insumos são os “ingredientes” necessários para a finalização da vacina no país. Caberá ao Butantan concluir a etapa final de fabricação.

Ao todo, pelo acordo fechado, o Butantan receberá do laboratório chinês 6 milhões de doses prontas para o uso e vai formular e envasar outras 40 milhões de doses.

Número mínimo de infectados
No final de novembro, o estudo da fase 3 da CoronaVac atingiu o número mínimo de infectados pela Covid-19 necessário para o início da fase final de testes.

A etapa permite a abertura do estudo e a análise interina dos resultados do imunizante. A expectativa é a de que os dados sejam divulgados pelo governo paulista nas próximas semanas.

Resposta imune e segurança
Um estudo feito com 743 pacientes apontou que a CoronaVac mostrou segurança e resposta imune satisfatória durante as fases 1 e 2 de testes.

A fase 2 dos testes de uma vacina verifica a segurança e a capacidade de gerar uma resposta do sistema de defesa. Normalmente, ela é feita com centenas de voluntários. Já a fase 1 é feita em dezenas de pessoas, e a 3, em milhares. É na fase 3, a atual, que é medida a eficácia da vacina.

Fonte: G1

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