A Prefeitura de São Paulo reabriu nesta segunda-feira (10) parte do Hospital Sorocabana, na Lapa, Zona Oeste da capital paulista. Foram entregues 33 novos leitos. Durante a pandemia, os 27 leitos de enfermaria e outros seis de estabilização serão destinados apenas para o tratamento de pacientes do coronavírus. A Prefeitura deve entregar mais 22 leitos, todos de enfermaria, ainda no mês de agosto.
O antigo Hospital Sorocabana abrigava um AMA, um Hospital Dia e um Centro Especializado de Reabilitação. São dois andares ocupados e outros cinco ociosos no local.
Em 2018, o prédio chegou a ser vendido em um leilão do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) para que dívidas trabalhistas fossem pagas. A venda, porém, acabou anulada, pois o estado, que detém parte do terreno, não foi notificado na ocasião.
Há anos, o vereador Gilberto Natalini (PV-SP) e movimentos sociais se uniram para formar um coletivo que luta pela reabertura do hospital. Um imbróglio jurídico, no entanto, impede que ele seja reativado.
O parlamentar comentou que a negociação entre os governos do Estado e município é muito difícil e é primordial que a população do entorno tenha atendimento de saúde de qualidade.
Em julho deste ano, a Prefeitura anunciou uma reforma no local ao custo de R$ 1,3 milhão para adequação do prédio e mais R$ 1,1 milhão em equipamentos. O contrato com a Organização Social Associação Saúde da Família (ASF) prevê ainda R$ 10 milhões para manutenção do espaço até outubro, cerca de R$ 3,2 milhões por mês.
A nova estrutura montada no hospital será permanente, sendo aberta para o atendimento da população após a pandemia do coronavírus.
“Essa reabertura é boa, mas é uma medida paliativa, não é isso o que há anos estamos reivindicando. Queremos a reabertura total e integral do Sorocabana, 100% SUS”, enfatizou Natalini.