Impunidade, desgoverno, iniciativa e mobilização: assuntos do encontro sobre Ética e Política

A mesa redonda “Ética e Política: é possível?” realizada na terça-feira (13), na Câmara de São Paulo, lotou o auditório Prestes Maia com capacidade para 200 pessoas. O encontro foi organizado pelo vereador Gilberto Natalini (PV) com apoio da RAPS – Rede de Ação Política pela Sustentabilidade, coordenada pelo advogado Marcos Vinícius de Campos.

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O vereador Natalini coordenou a mesa composta pelo ex senador Pedro Simon, o jurista Miguel Reale Jr. e o coordenador do Movimento Vem Pra Rua, Rogério Chequer. O jurista Hélio Bicudo foi representado pela filha, Maria Lúcia Bicudo.
“Este é o momento mais importante da história do Brasil. Tenho 85 anos de idade e 60 de vida pública e nunca presenciei uma época como esta em que tudo está vindo à tona em cadeia: denúncias, falcatruas e prisões dos poderosos”, disse Pedro Simon.  Para o senador gaúcho, “o eleitor tem que ter convicção ética, levar a política a sério e saber que agora é o momento oportuno e real para mudar o Brasil”.

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Miguel Reale Jr. acredita que “ética e política têm que pactuar um casamento obrigatório”. No entender do jurista – que em 1992 redigiu a petição de impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello e denunciou a presidente Dilma Rousseff, por “crimes contra as finanças públicas e falsidade ideológica” – o Brasil “está corroído pelo cupim do PT e seus aliados”.  “Política sem ética não é política: é politicagem”, ressaltou o advogado ao destacar que a ética deve ser a diretora de todas as condutas na vida pública e pessoal. “É necessário que haja um controle mais efetivo de acompanhamento contínuo daqueles que têm posição que facilita a prática de delitos”.

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O coordenador do Movimento Vem pra Rua indigna-se ao comparar o “código de ética das pessoas poderosas com o de outros indivíduos”. Para Rogério Chequer estamos em um mundo onde ética não faz parte da existência de pessoas que “decidiram criar um universo paralelo”. Conforme o coordenador do Vem Pra Rua “se não fizermos algo as coisas não vão mudar”. Para Chequer há, atualmente, três alternativas… “Ou vamos embora do país; ou ficamos aqui alienados sem fazer nada e, portanto, perder o direito de reclamar ou permanecemos no Brasil e fazemos algo para que as coisas mudem, definitivamente”. Palavra de ordem: iniciativa e disposição para acabar com a impunidade. “Indignação gera energia: usem as redes sociais, enviem mensagens para políticos; atuem, influenciem, reclamem”, finalizou.
O vereador Gilberto Natalini agradeceu a presença de todos: “Estamos cumprindo o nosso papel em defesa de um Brasil decente”.

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