O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) liberou as obras do futuro Parque Augusta, que deverão ter acompanhamento arqueológico. O órgão e a Prefeitura de São Paulo se reuniram nesta terça-feira (7).
As obras começaram em outubro de 2019, mas na segunda-feira (6), o Iphan solicitou à Prefeitura que paralisasse as obras e contratasse um arqueólogo, pois o terreno está localizado em uma região de grande potencial arqueológico, que pode conter vestígios de populações indígenas anteriores ao domínio português.
Nesta terça, técnicos do Iphan e da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente se reuniram e ficou definido que as obras estão liberadas, mas somente aquelas que “não envolvam movimentação de terra”.
Na reunião ficou definido que a PMSP, por meio da SVMA, responderá ao ofício do Iphan fornecendo todas as informações técnicas relacionadas à implantação do parque. A SVMA contará com o acompanhamento e apoio técnico do Centro de Arqueologia do Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura (DPH-SMC) e agendará nos próximos dias reunião com o Centro de Arqueologia para definir um plano de trabalho e atender a legislação federal vigente de arqueologia.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Prefeitura de São Paulo estão de acordo sobre a importância de preservar e promover o Patrimônio Cultural Brasileiro, em especial, a história e a memória da capital paulista.
Em dezembro, a Prefeitura de São Paulo apresentou ao Ministério Público o projeto do Parque Augusta. A proposta era de que o parque tivesse 23 mil m² e contasse com cachorródromo, redário e academia para terceira idade. A previsão era de que o espaço fosse entregue em junho de 2020.
“Há muitos anos a comunidade luta pela implantação do Parque Augusta, no centro de São Paulo. Participo dessa luta há muito tempo, sempre junto da comunidade. Com muito esforço, conquistamos uma vitória para os defensores do verde, para todos que lutaram bravamente pelo parque e para a cidade de São Paulo. Será um oásis de área verde no deserto de cimento no centro de São Paulo. A nossa luta valeu a pena. Por São Paulo mais verde e mais sustentável”, disse Natalini.