O Conselho Nacional de Justiça fez um levantamento nos Tribunais Estaduais e Federais do país e, segundo O Globo de 15 de abril, constatou que simplesmente nos últimos dois anos (2010 e 2011), 2.918 processos criminais envolvendo “autoridades” foram extintos sem julgamento da causa, livrando de penas, por prescrição, nada menos do que 2.918 corruptos.
Como faziam na Grécia Antiga, essas ditas autoridades, todos absolutamente livres de processo estão louvando o fato, promovendo uma ode à impunidade, a essa lamentável ocorrência que acaba premiando autoridades corruptas, antiéticas e dissimuladores debochados, únicos portadores desse direito de serem julgados por instância especial e superior.
Se fosse julgada em primeira instância a chance de serem condenados seria imensa, embora tendo de passar pelo julgamento definitivo, dito 2ª instância, também um componente da Lei Processual Brasileira que permite e dá imenso crédito à impunidade, favorece a prescrição pelo simples fato de – dado o acúmulo de processos – suas causas não chegam a julgamento e prescrevem no tempo e no espaço.
Salve, pois a impunidade, o maior dos males, imenso incentivador e louvador da malandragem brasileira.