Com a reação popular no Chile, a COP25 foi transferida para Madri. A despeito da transferência repentina, a Cúpula Climática de Madri, de 3 a 14 de dezembro, terá papel importantíssimo no futuro do Planeta. Na verdade, desde a Rio+20, Cúpula do Clima no Brasil, a emissão dos gases de efeito estufa e as mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global só tem aumentado. E bateu recorde em 2018.
A indecisão política de países que são grandes emissores, como os EUA e, agora, o Brasil, quanto ao acordo de Paris, o atraso na mudança da matriz energética, a incapacidade de reduzir emissões conforme as metas previstas, entre outras coisas, causam o boom de emissão de CO2 e outros gases que aumentam a temperatura média do Planeta, bem acima do desejável e necessário.
Assim, multiplicou-se mundo afora os fenômenos climáticos extremos, de chuvas violentas, com cheias catastróficas e estiagens prolongadas que causam imensos incêndios destruidores, além da desertificação, queda na produção agrícola e doenças infecciosas.
Segundo a opinião de vários cientistas, chegamos num ponto em que a mitigação vai ser superada e teremos de caminhar para uma alternativa de adaptação.
Essa é uma dura realidade. E sobre ela se debruçará a COP25 de Madri.
Vou ao evento representando a Câmara Municipal de São Paulo e integrando oficialmente a Comitiva do Brasil.
Infelizmente, não podemos nos orgulhar do protagonismo da Cidade de São Paulo no combate às mudanças climáticas nos últimos sete anos.
Regredimos bastante nos avanços que tivemos até 2012, em que pese nosso esforço pessoal e de muita gente da área pública, acadêmica e social.
Em que pese as Leis que fizemos e os programas criados que, sabemos bem, não vêm sendo cumpridos pela municipalidade.
Acredito na força da ciência e na força da humanidade para vencermos essa dura realidade.
Espero que a COP25 de Madri seja transformadora e transforme esperanças em ações.
Vale ressaltar que as despesas da viagem serão quitadas por meio de recursos próprios, sem ônus para o erário público, como sempre faço.
Gilberto Natalini- Ambientalista e Vereador (PV-SP)