O Brasil dispõe de cerca de 34 mil Equipes de Saúde da Família. O Estado de São Paulo, de acordo com dados de dezembro de 2013, do Departamento de Atenção Básica – DAB, do Ministério da Saúde, tem 6.106 equipes cadastradas e o Município de São Paulo, 1221 equipes completas e 76 incompletas. Isso é pouco, significando baixa cobertura populacional.
A Estratégia Saúde da Família – ESF, de forma multidisciplinar, a partir do mapeamento dos recursos existentes e de avaliação de dados demográficos e socioepidemiólogicos, desenvolve ações de saúde partindo do conhecimento da realidade local e das necessidades de sua população. Aí está definida a importância da ESF como modelo assistencial e organizativo da Atenção Básica, promovendo o acesso aos serviços e estabelecendo vínculos com os usuários.
As dificuldades para ampliação do número de equipes são várias, uma delas é a fixação de profissionais médicos em locais de difícil acesso, incluindo os que apontam elevados índices de violência. Nas grandes cidades a questão da mobilidade também contribui significativamente.
As medidas até aqui adotadas, para superar essas dificuldades, produziram resultados pouco significativos. Na verdade, uma maior articulação entre União, Estados e Municípios, no sentido de promover o incentivo aos profissionais da saúde, sem deixar de lado a participação da população desses territórios é mais do que indispensável para ampliação de um modelo de atenção à saúde capaz de resolver os problemas de saúde mais comuns. Tendo como resultante, além dos benefícios da atuação preventiva, evitar a sobrecarga nas unidades básicas de saúde e até mesmo nos ambulatórios e pronto atendimentos.
Os governos das três esferas, precisam dar mais atenção a Estratégia Saúde da Família, buscando parcerias com as instituições acadêmicas e sociedade civil na construção de um Sistema Único de Saúde com maior foco na atenção básica.
Nesse contexto cabe à União maior participação na alocação de recursos orçamentários para a Saúde. Aos estados, estreita parceria com os municípios auxiliando na expansão e implantação das equipes. E aos municípios, em articulação com as Diretorias Regionais de Saúde, garantir o acesso à saúde superando as diferenças de infraestrutura entre as regiões do estado.