Na sessão plenária da Câmara de São Paulo, desta quarta-feira (7), por iniciativa do vereador Gilberto Natalini (PV), foi aprovado o projeto que homenageará o Papa Francisco, com a Medalha Anchieta e o Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo, a maior láurea da cidade de São Paulo.
“O papa é jesuíta e a cidade de São Paulo foi fundada por padres dessa ordem. O cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio é o primeiro papa da América Latina. Sua visita ao Brasil repercutiu profundamente entre nós como um exemplo benigno de líder religioso. A mensagem ambiental concretizada na Encíclica Laudato Si (Louvado Sejas – Sobre o cuidado da casa comum) cai como uma onda de credibilidade na nobre causa da salvação da humanidade diante da tragédia das mudanças climáticas”, justificou o vereador Natalini ao encaminhar o PDL aos seus pares.
A Encíclica do papa Francisco sobre questões ambientais (publicada 18/6/2015) ressalta que é preciso buscar uma nova definição de progresso que não se baseie apenas no desenvolvimento econômico e tecnológico. O papa pede que os países ricos aceitem “um certo decréscimo” de seu consumo a fim de frear o impacto humano sobre o ambiente.
Na carta, de 192 páginas, o papa considera as mudanças climáticas como o principal desafio para a humanidade, sendo agravadas pelo desflorestamento para atividade agrícola e pelo uso intensivo de combustíveis fósseis.
“Para nós, ambientalistas, a Encíclica nos deu força de argumento para continuarmos nosso árduo trabalho de construir uma sociedade mais sustentável. Para São Paulo, cidade de um imenso passivo ambiental, na água, no ar e no solo, além das poluições visual e sonora, o documento do Vaticano e a atitude do papa Francisco surgem como uma luz que nos ajuda a encontrar o caminho da construção de uma cidade mais sustentável”, afirma o vereador Natalini.
A medalha Anchieta é a maior honraria da cidade de São Paulo concedida a personalidades que tenham conquistado a admiração e o respeito do povo paulistano.
Segundo o vereador Natalini a honraria poderá ser entregue no Vaticano ou quando o papa Francisco visitar o Brasil em 2017.