Residentes de hospitais da cidade de São Paulo afirmam que estão sem receber a bolsa-salário há dois meses. Os profissionais atuam na linha de frente no combate ao coronavírus e relatam falta de dinheiro para pagar as contas. A residência é uma espécie de pós-graduação em que os médicos já formados recebem uma bolsa de estudos para atuar em unidades de saúde e se especializarem em uma área.
O contrato de remuneração dos profissionais estudantes, vem sofrendo constantes e injustificáveis atrasos, causados por descontrole e ineficiência do Ministério da Saúde, gestor do Fundo Nacional de Residência em Saúde.
Em qualquer tempo esse descaso com os profissionais da saúde seria digno de observações negativas, mas, em se tratando de tempos de pandemia mundial, onde jovens médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e todos os bolsistas contratados e que dependem da remuneração devida pelo Ministério da Saúde têm se desdobrado para atender a população e honrar o Sistema Único de Saúde, chega a ser aterrador o fato do descaso com que são tratados esses profissionais da saúde.
“Respeito é o mínimo que os residentes merecem do Ministério da Saúde. Eles têm contrato de bolsa com a União, em diversas instituições cadastradas no Estado de São Paulo e a situação de atraso e de não pagamento vem se repetindo. Isso é inadmissível”, enfatiza o vereador Gilberto Natalini (PV-SP) em ofício encaminhado ao Presidente da República, com cópia ao Governador de São Paulo, ao Ministério da Saúde e à Secretaria de Estado da Saúde.
