Gilberto Natalini SP

Os humanos, no decorrer de toda a sua existência, sempre tiveram uma relação de exploração e usura com a Mãe Natureza, tirando dela tudo, usando seus recursos e devolvendo os resíduos em forma de lixo. Por conta da imensa capacidade tecnológica, isso aumentou infinitamente nas épocas modernas.

A exploração dos recursos naturais é tão devastadora e a produção de resíduos devolvidos é tão grande, que o Planeta já faz tempo, nos dá sinais de exaustão ambiental.

Seja pela sujeira da terra, das águas (mar, rios e lagos), do ar, seja pela retirada volumosa e infinita dos recursos naturais, minerais, florestas, animais e água doce, para a atividade industrial, a produção agrícola, o turismo predatório, o consumo exagerado e perdulário, nós humanos seguimos destruindo nossa “casa comum”, na designação do Papa Francisco em sua Encíclica Laudato Si.

Todos os sinais de alerta estão acesos, não amarelos, mas vermelhos.

As mudanças climáticas, as poluições de solo e dos mares e rios, a escassez cada vez maior de comida e de água, nos mandam mensagens gritantes que chegamos ao limite.

Mudar os paradigmas de nossas relações com o Planeta, na atividade econômica e nas relações sociais, é uma necessidade não só ambiental, mas da própria sobrevivência da espécie e das outras espécies vivas, das quais dependemos também.

Governantes, empresários, cientistas, ambientalistas e a população, em número cada vez maior chegam nessa consciência da realidade. Mas é necessário e urgente ampliar essa consciência e aumentar muito as ações práticas dos governos, das corporações empresariais e das pessoas em geral, para frear a devastação e recuperar o que já vem sendo destruído.

É possível e necessário. Não se trata de proposta política ideológica, de preferências governamentais ou partidárias. Trata-se de viver melhor, com progresso, conforto, renda, saúde e qualidade de vida.

A escolha é nossa!

 

Gilberto Natalini

Médico e Ambientalista