O vereador Gilberto Natalini (PV-SP), responsável pela elaboração do dossiê “A devastação da Mata Atlântica em São Paulo”, mais uma vez cobrou providências urgentes das autoridades competentes.
“Neste momento, ardem em chamas remanescentes da Mata Atlântica que ainda cobrem regiões como a de Parelheiros, na Zona Sul do Município de São Paulo. Ao mesmo tempo, continuam as atividades também criminosas de venda de lotes clandestinos em áreas antes ocupadas pelas florestas paulistanas. Infelizmente, esse quadro vem se deteriorando e agentes criminosos parecem se aproveitar do período da pandemia para consolidar suas ações”, enfatiza Natalini no ofício encaminhado.
O parlamentar lançou recentemente a segunda edição do dossiê “A Devastação da Mata Atlântica no Município de São Paulo”. Ao todo, 160 áreas de desmatamento. Somadas, 7,2 milhões de metros quadrados de cobertura vegetal que foram ao chão. Um total de 1,2 milhão de árvores mortas – o documento traz quase 700 fotografias de satélite, drone e dos locais das derrubadas, nos últimos seis anos.
No ofício endereçado ao Governador do Estado de São Paulo, João Doria e ao Prefeito da cidade de São Paulo, Bruno Covas; o vereador reforça que faz mais de um ano que vem alertando para o recrudescimento dos crimes ambientais nas Zonas Sul, Leste e Norte de São Paulo e que até o momento não obteve respostas satisfatórias, nem houve alteração significativa da situação.
É de extrema urgência que haja um esforço conjunto do Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo, para que milhares de novas árvores não sejam mortas, o que comprometerá irremediavelmente o meio ambiente, principalmente nas áreas de manancial e o resultado será a ameaça concreta ao abastecimento de água na Região Metropolitana num futuro não distante, sobretudo a partir das Represas da
Guarapiranga e Billings.
Natalini encerra o ofício dizendo “a História vai responsabilizar aqueles que se omitirem diante de tão grave crise socioambiental. É mais do que urgente interromper o ciclo de crimes que vem aniquilando a nossa Mata Atlântica e colocando sob risco os mananciais onde se produz a água que mata a sede de boa parte da população de São Paulo”.
O parlamentar também oficiou o Ministro da Justiça e Segurança Pública, André Luiz de Almeida Mendonça, o Presidente da Câmara Municipal de São Paulo e os outros 53 vereadores.