Natalini organiza reunião para discutir ruído aéreo

O Vereador Gilberto Natalini (PV/SP) reuniu-se no dia 28/03, com representantes de associações de moradores e movimentos do Morumbi, Horto e Jd. Guedala e com a equipe do Serviço Regional de Proteção ao Vôo – seção SP (SRPV-SP), órgão da Força Aérea Brasileira, vinculado ao DECEA, chefiado pelo Coronel Sanches para discutir ruído aéreo decorrente de mudanças recentes de rotas.

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Natalini abriu a reunião, expondo brevemente sobre a gravidade do incômodo causado pela poluição sonora e na condição de médico, afirmou este ser determinante ou agravante de diversos quadros clínicos adversos. Cada movimento apresentou o que vinha ocorrendo, ações que vinham tomando e apontando possíveis soluções.

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O problema surgiu em 2015, como era um bairro muito sossegado, sujeito a baixo ruído de fundo, o impacto surgido se tornou ainda mais patente e insuportável. Além disso, como o bairro está situado em altitude mais elevada (até 1200 m) a distância entre as residências e as aerovias pode ser de somente 1000 pés (cerca de 300m).
Através do site www.flightaware.com.br eles têm monitorado por amostragem alguns vôos, constando que na decolagem se sobe a plena carga e se executam curvas a menos de 4000 pés (cerca de 1300 m). Também percebem que aparentemente as aeronaves Airbus da TAM provocam ruído mais intenso que os Boeing da Gol, fato que estaria associado ao desempenho das respectivas turbinas, Rolls-Royce e GE. Cientes que de fato as alternativas não são tão amplas (o tráfego aéreo por Congonhas e Guarulhos responde por 70% do total no país) pleitearam que ao menos as curvas se fizessem em altitude mais elevada e em procedimento de “noise abatement”, que é o padrão adotado sobre zonas habitadas nos países desenvolvidos.
A comunidade propôs que houvesse uma rota alternativa para vôos procedentes de Brasília e Centro-Oeste, mais direta para Guarulhos, ou alternativamente, as aeronaves nivelassem em altitude maior na aproximação.
O Coronel Sanches e sua equipe, em especial o Tenente Coronel Cicaccio e o Major Washington contrapuseram com as dificuldades em proceder alterações em um sistema de tráfego aéreo tão complexo e que demanda ajustes também em rotas e planos de vôo de aeroportos por todo país e viagens internacionais. Também aclararam que todos os planos são elaborados pelo DECEA, o qual porém consulta os SRPVs. Um dos fatores intervenientes são protocolos previstos para redução das emissões de gases de efeito estufa da aviação que orientam para rotas mais curtas e também para se alcançar mais rapidamente a altitude de cruzeiro, na qual o atrito aerodinâmico é menor.
Ficou acordado que as entidades elaborarão propostas recorrendo a seus especialistas técnicos (pilotos residentes nos bairros) traçando em cartas e mapas as alternativas. Os textos serão consolidados e encaminhados via ofício pelo gabinete do vereador Gilberto Natalini ao SRPV-SP.
 

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