O mês de setembro é dedicado à prevenção ao suicídio, conhecido como #SetembroAmarelo. No Brasil, pelo menos 12 mil pessoas se suicidam anualmente. O país tem um dos maiores índices de casos. Por isso a importância de falar sobre esse tema.
O suicídio já é considerado o quarto principal causador de morte entre homens e mulheres brasileiros de 15 a 29 anos. É registrada uma morte a cada 45 minutos.
A depressão é um dos maiores responsáveis pelo suicídio, uma doença psiquiátrica crônica e recorrente que designa uma alteração do humor, caracterizando um sentimento de tristeza profunda, associado a sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa autoestima e culpa e também, alterações no sono e no apetite.
Muitas vezes as pessoas podem confundir uma tristeza momentânea com a depressão. No caso, a doença dá diversos sentidos distintos no corpo, sem tréguas. O interesse em viver diminui cada vez mais e a pessoa vai se isolando de seu círculo social.
Considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o “Mal do Século”, em torno de 322 milhões de pessoas no mundo sofrem com ela. No Brasil, 11,5 milhões de brasileiros passam por este transtorno mental, que equivale a 5,8% da população.
É muito complicado e delicado afirmar as causas da depressão. Mas cientificamente falando, há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro, em especial com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor grau, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células.
O tratamento e acompanhamento médico regular para o corpo e a mente são muito importantes, com a ajuda de um psicólogo, se preocupando com a alimentação saudável e a prática de atividades físicas regulares.
Outro ponto importante é a relação social, a convivência com pessoas que fazem uma diferença positiva na vida do indivíduo.
A doença se dá também por falta de substâncias químicas no cérebro, mas os sentimentos também são significativos e essenciais na vida do ser humano. Caso perceba que alguém próximo a você corre esse risco, é fundamental não deixá-la sozinha. Também existem serviços de emergência, como o Centro de Valorização da Vida (CVV) – número 188.
Viver é gostar de gente.
Gilberto Natalini- Médico e Vereador PV-SP