Os fenômenos climáticos extremos repetem-se cada vez mais frequentes e destrutivos, por toda parte do planeta. E no Brasil, ainda com mais evidencia.
Temos visto as grandes enchentes na Republica Dominicana, no Quênia, no México, no Oriente Médio como Dubai, Arábia Saudita e até em Jericó.
Tormentas intensas na Sibéria, avanço do mar em várias praias do Mundo.
No Brasil, a seca na Amazônia transformou o Rio Negro num riacho.
O fogo das queimadas torrou boa parte do Pantanal e do entorno de Manaus.
As grandes cheias repetidas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina arrasaram cidades inteiras.
Em São Paulo, um vendaval derrubou 1500 árvores e deixou parte da cidade sem energia por uma semana.
Todos os dias temos novas notícias das Mudanças Climáticas.
O que vai se repetindo com intensidade cada vez maior.
Há décadas que os cientistas e os ambientalistas vêm alertando para o aquecimento global.
A reação das pessoas e das instituições foi em primeiro lugar de negação, depois de desprezo e por fim de espanto.
A política, a economia, a sociedade agiu de forma vagarosa e desleixada diante das Mudanças Climáticas, que mostraria sua cara, antes das previsões estabelecidas pela ciência.
Hoje, diante do recorde de calor que enfrentamos das chuvas e secas violentas, da quebra de safras e doenças novas, ainda persistem as emissões de gases de efeito estufa, produzidos pela queima dos combustíveis fósseis. Ou seja, a velocidade dos fenômenos climáticos é muitas vezes maior que as providências que a humanidade está tomando para combatê-los.
Não se trata de ser catastrófico, mas o colapso climático já bate a nossa porta. E não é por falta de aviso.
Gilberto Natalini- Secretário Executivo de Mudanças Climáticas, Médico e Ambientalista