Além da proteção das máscaras, da limpeza das mãos e do distanciamento social, as vacinas foram a grande conquista na prevenção e combate da pandemia do coronavírus.
Criadas em tempo recorde, as diversas vacinas anticovid-19, diminuíram a morbimortalidade da doença. Salvaram muitos milhões de vida!
Os países centrais do mundo, se abasteceram do insumo e até enfrentaram uma postura negacionista antivacina de parte de sua população.
Foi assim nos EUA, na Europa, na Rússia, entre outras. Uma postura absolutamente burra e ignorante de muitos seres humanos.
Mas, a vacina, como a comida e o progresso não tem a distribuição igualitária para toda a humanidade.
Chama a atenção a calamitosa situação da África.
Nesse velho continente, berço da espécie humana, onde vivem cerca de 1 bilhão e 300 milhões de pessoas, a vacina chegou a conta gotas.
O “mundo civilizado”, não se comprometeu em garantir a vacina aos países mais pobres da África, e assim sua população imunizada não chegou a 30%.
Um ato de mesquinharia e crueldade dos países ricos
Um ato de desumanidade do 1º mundo.
Porém, também é um ato de extrema burrice.
O vírus, como nós sabemos, não conhece e não respeita fronteiras. Não escolhe cor da pele e nem conta bancária de sua vítima.
Portanto, ou se vacina 80% ou mais da humanidade, ou estaremos sempre na espera de uma nova variante para se espalhar entre os países.
Foi assim com a variante ômicron, na África do Sul.
Portanto, há motivos de sobra para se praticar uma política global de vacinação. Há liquidez no mundo para isso.
O que falta é um toque de humanização e bom senso.
Gilberto Natalini- Médico e Ambientalista