A pandemia da COVID-19 nos acompanha desde o início deste ano. O Brasil não tem sido um exemplo de país no enfrentamento da doença.
O Governo Federal, a começar pelo Presidente, seguido de seus Ministros, fez questão de negar desde o início a gravidade da virose.
Se não fosse a ação dos governos estaduais e municipais, a tragédia que já é imensa, seria muito pior.
Hoje já são mais de 6 milhões de casos confirmados, e aproximadamente 170 mil brasileiros mortos pelo vírus.
Como a doença teve uma redução de casos nos últimos meses, o país relaxou nos cuidados sanitários, voltando as aglomerações, o descuido com a higiene pessoal e diminuindo o uso da máscara.
O vírus deu a resposta ao nosso desleixo. O número de casos de internações e de mortes voltou a crescer rapidamente, trazendo de volta todo o rosto nefasto da doença.
O Brasil convive agora com a retomada rápida da transmissão do vírus, que cresce em 10 estados da Federação.
Tomar conhecimento do gravíssimo descaso por parte do Governo Federal com 7 milhões de testes da COVID-19, que estão estocados em depósito do Ministério da Saúde em Guarulhos e caminha para o vencimento da validade, é imperdoável num momento dramático da pandemia. Essa falha não pode se repetir com a vacinação.
O anúncio da vacina chega de vários países do mundo. Para mim, uma vez certificada pela ANVISA, devemos proceder imediatamente a vacinação da população, seja ela de que país for.
As informações que temos é que o Ministério da Saúde do Brasil, que é o responsável por comprar as vacinas e os insumos e a traçar a logística de distribuição e aplicação da vacina, a ser administrada pelos Estados e Municípios, está bastante atrasado nessas tarefas.
Com o repique da doença ou a chamada de 2° onda, a vacina é a arma mais definitiva para debelar a pandemia.
Assim, nos cabe cobrar fortemente o Ministério da Saúde e o Governo Brasileiro, que cumpra com rapidez a sua obrigação, sem negacionismo e sem politização, para o bem do povo brasileiro.
Gilberto Natalini- Médico e Vereador de São Paulo