No recente debate ocorrido no Estadão com a presença do pré-candidato à Presidência Eduardo Campos, o Petróleo veio à discussão. Celso Ming comentando o fato deu algumas explicações que mostram os problemas decorrentes, tanto para os tempos atuais como para os do futuro.
Foi anunciada pela ANP, Agência Nacional de Petróleo que não haverá, neste ano, novos leilões de áreas para exploração de óleo combustível, mesmo face ao crescimento do consumo pela via dos veículos, do gás natural e diesel utilizado nas termoelétricas para geração de eletricidade, isto porque como a Petrobras, por Lei, obriga-se a subscrever mínimo de 30% em cada leilão.
A atual situação financeira da empresa não permite expansão adequada às necessidades do país pela produção do já existente, pois plataformas passíveis de manutenção não foram paralisadas no momento correto, tudo para manter a produção, mas que gerou o grande déficit (produtivo e financeiro) atual, tendo o tiro saído pela culatra.
Nem se mencione os enormes investimentos que terá de fazer no poço de Libra, estimados em 65 bi de US$ na instalação de até 18 plataformas para a dita extração do pré-sal quando atingirá período extremamente grave no tocante ao efeito estufa e meio ambiente.
Aliás, o Prof. Goldemberg, nosso eterno candidato ao prêmio Nobel, já preconizou que quando por volta de 2019, ano em que o Pré Sal estiver produzindo, muito provavelmente sofrerá forte concorrência na queda de preços, já que o nosso petróleo de grande profundidade, custará por volta de US$ 55 por barril, preço não compatível pela previsão da cotação futura, sem citar que nossos concorrentes árabes têm esse mesmo material por US$10.
Assim como a falta de produção gerou aumento de importação para atender à demanda, a política de preço adotada, acabou por agravar as finanças da nossa Petrobras, afora os desmandos.
Enquanto isso Paraguai e Uruguai, por exemplo, que não exploram petróleo conseguem manter preço nos postos algumas vezes inferior ao nosso.
Mas o preço final tem que ser esse: temos só 53,4% de impostos; no Japão: somente 9%.
Assim não dá……..