O PLANETA PRECISA DE NÓS

Desde que nos tornamos Homo Erectus, estamos explorando os recursos naturais do planeta, retirando dele o que precisamos para a nossa sobrevivência básica. Com o passar dos milênios, o Homo Sapiens, com suas ferramentas e organização social, passou a extrair recursos e explorar cada vez mais a natureza, para seu consumo próprio, para sua sobrevivência, para seu comércio e acúmulo de riquezas.

A exploração da Mãe Terra vem num crescendo rápido e avassalador, e hoje, com oito bilhões de seres humanos e todos os recursos tecnológicos, financeiros e midiáticos disponíveis, o consumo desses recursos naturais é muito maior do que a capacidade de regeneração do Planeta.  Assim, faz com que a degradação da Natureza no mar, na terra e no ar, seja visível e sentida por nós, no nosso dia a dia. E para piorar, todos os resíduos decorrentes do consumo humano desenfreado e, muitas vezes, supérfluos, são devolvidos, em enorme parte, para o Meio Ambiente.

Desta forma, sete milhões de pessoas morrem, todo ano, em decorrência da poluição do ar produzida pela frota automotiva com a queima dos combustíveis fósseis, além da emissão dos gases de efeito estufa, que, com o passar do tempo, acarretam o aumento da temperatura média da Terra. Como se não bastasse, os mares e o solo estão “infectados” pelo plástico e micro plástico, que já é detectado na corrente sanguínea dos seres vivos.

Ao produzir alimentos para esta multidão humana, a agricultura predatória e sem planejamento, consome uma imensidão de água, derruba florestas inteiras e contamina os rios e o solo com agrotóxicos letais.

Poderíamos expor aqui muitos exemplos dessa relação deletéria entre nós e o Planeta. São muitos. Por isso, a Natureza está nos mandando “recados” diários: as mudanças climáticas; a escassez de água e de comida; as epidemias velhas e novas que nos atingem, são sinais, mensagens, avisos que a Mãe Terra nos manda em um apelo dramático para que paremos de agredi-la. É preciso acordar para esta realidade.

É possível reorganizar o “modo de vida” dos humanos e repactuarmos nossa relação com o Planeta. Sabendo que, a política, a economia, a ciência, a tecnologia, as ações coletivas e individuais, precisam ser prioridades de cada um de nós.

Podemos e devemos fazer diferente.

Por fim, o Planeta Terra vai continuar sempre, agredido ou não. Quem pode desaparecer são os seres vivos, animais e vegetais que habitam sobre ele. E, em particular, a humanidade.

Pense nisso!!!!

Gilberto Natalini- Médico e Ambientalista

 

 

 

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