Com a chegada do novo milênio alguns usos e costumes surgiram como que saudando o novo tempo, vindos impositivamente, aliciante e envolvente, aceito passivamente pela sociedade.
Pelo menos em São Paulo, está havendo substancial mudança nos costumes; no trânsito, na condução e transporte urbano, na forma de se vestir, na paixão pelo celular, na revolução dos smartphones, no tal de GPS e todo o conceito eletrônico, nas agressões verbais, na falta de respeito às normas de civilidade, no aumento do horário de lazer, dos botecos, especialmente às noites; na transformação da cidade em universo de eventos e serviços, na evolução do bullying, na discriminação homoafetiva; no preconceito, na expansão dos evangélicos; na segurança das pessoas, nos ataques mortíferos aos policiais, no aumento do latrocínio, nos assassinatos e aos demais inúmeros costumes chegados à vida neste século.
Mas o que causa pânico e tem provocado um profundo desgosto aos cidadãos de bem desta cidade é a violência que campeia soltinha e avança a passos largos, Peguemos uma pequena fatia deste capítulo, mas de grande importância: a violência nas escolas, onde 44%, repetindo por ser inacreditável: 44% dos professores ou ainda 4,4 em cada 10 alunos já agrediram os mestres em salas de aula ou fora dela, conforme pesquisa divulgada pela APEOESP – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo.
Buscado uma explicação para essa lamentável barbárie causada por 44% dos alunos de nossas escolas da rede estadual, buscam-se os motivos em análise feita sob o ângulo da Lei Natural da Causa e Efeito, já que certamente essa violência é o efeito de uma causa maior.
Especialistas na matéria têm direcionado a Causa como sendo o tratamento desidioso que o Estado vem dando ao ensino público, desprestigiando a profissão do professor e a própria escola pública, como opina a Dra. Madalena Guasco Peixoto, professora titular do Departamento de Educação da PUC-SP, em entrevista ao Diário de São Paulo, (Ed. 43.174/Ano 129).
A evasão das indústrias de São Paulo, provocadas pela suja guerra fiscal praticada no país, transformou São Paulo numa cidade mais vulnerável em razão da perda de receita que esse importante seguimento proporcionava, gerando menos empregos disponíveis, sendo que a nova força dos Serviços que ficou exige um quadro funcional mais qualificado , levando a mão de obra barata, então bem aproveitada, a uma situação de dificuldades, provocando essa situação uma alavancagem distorcida dentro do generalizado aumento da violência na sociedade paulistana ocorrida neste século.