Li o livro do Marcos Costa, “A Curvatura da Banana”, onde ele de forma brilhante, explicando porque o Brasil é o que é.
O colonialismo somado ao patrimonialismo, à escravidão, à corrupção e à impunidade, forjou esse nosso país, das grandes e pequenas falcatruas. Sempre fomos assim.
Um país grandioso, populoso, miscigenado, criativo, afetivo e premiado pela Natureza. Sim, somos isso!
Mas, por outro lado, uma Nação consumida desde os seus primórdios por práticas e conceitos de exploração humana, de extrativismo, de violência e criminalidade, de preconceitos arraigados, de uma nefasta desigualdade social.
O livro de Marcos Costa explica bem.
Porém, o que presenciamos é que nas últimas décadas, o mínimo que havia de ideologia, de apego moral, de patriotismo, esvaiu-se como fumaça.
Nos últimos 20 anos, o Brasil encantado com o “nunca antes nesse País”, encarou o maior esquema de corrupção, de fisiologismo, de populismo, aí sim, “nunca antes visto nesse País.”
O que era “esquerda” deu a mão ao que era “direita”, “centro”, “centrão” e fizeram obras históricas e nefastas como o Mensalão, o Petrolão, o Roubalhão, o Emendão e outros produtos.
Vimos a violência, que sempre existiu, disparar. Vimos o crime organizado, do tráfico de drogas, de pessoas, de órgãos, de animais, de armas, de contrabando, agigantar-se e se infiltrar no tecido social como um todo, desde os órgãos dos Poderes (todos) às instituições da sociedade civil, até as comunidades e pessoas.
A “direita” ganhou a eleição da “esquerda”. Mas a farra continua, acrescentada de um negacionismo e um retrocesso de costumes que beira à barbárie.
O Brasil é um grande país. Com imensos problemas. Esses problemas são históricos e pioraram muito nas últimas duas décadas.
O tecido social do país está esgarçado por problemas éticos, grave desigualdade social, falência da economia e da política.
Reconstruir o País é uma tarefa gigantesca no macro e no micro.
Repito aqui meus princípios, nos quais acredito e pelos quais vivo e trabalho: democracia, desenvolvimento econômico com preservação ambiental, maior igualdade social e moralidade pública.
Vamos nesse caminho sempre!
Gilberto Natalini- Médico e Ambientalista