Parque Trianon está abandonado e as palmeiras invasoras continuam por lá.

O Parque Trianon, situado em plena Av. Paulista está abandonado, com uma série de problemas estruturais. Trata-se de um resquício remanescente da Mata Atlântica original e um dos parques centrais mais pesquisados da cidade. No início da década de 1910, no local onde hoje se localiza o MASP, foi construído um belvedere com projeto do arquiteto Ramos de Azevedo, que ficou conhecido como Trianon. Durante as décadas de 1920 e 1930, frequentado pela intelectualidade paulistana, o parque e o belvedere transformaram-se em símbolo da riqueza da elite paulistana e formaram um harmonioso conjunto integrado. Entre os paisagistas responsáveis pelo projeto do parque está o francês Paul Villon e o inglês Barry Parker.

Nesta 5ª feira (30), aconteceu no parque uma reunião organizada pelo Conselho Gestor. O vereador Gilberto Natalini (PV-SP) não pôde estar presente, mas foi representado pelo seu assessor, Renan França. O encontro aconteceu na administração e estiveram presentes representantes do Conselho Gestor e da administração do parque.   Na pauta da reunião constaram a precária manutenção dessa importante área verde , o atraso na posse do novo conselho gestor eleito em novembro de 2019 e a remoção das Seafórtias, palmeiras exóticas que estão colocando em risco as outras espécies nativas do parque.

Sobre a retirada das palmeiras exóticas que estão por todo o parque, não há dúvida que as mesmas devem ser eliminadas. O parque, afinal, é uma relíquia única – um extrato de Mata Atlântica de Planalto conservado por mais de um século bem no meio da metrópole. E as seafórtias desvirtuam sua natureza: no lugar delas, deveriam crescer palmeiras típicas da vegetação original, como o palmito-juçara (Euterpe edulis).  Na reunião foi informado que 85 de um total de 694 árvores invasoras já foram retiradas, porém o Conselho Gestor do Parque cobra mais transparência por parte da Secretaria de Verde e Meio Ambiente, uma vez que no projeto de remoção consta verba para ser utilizada na comunicação das fases do projeto, porém essa comunicação não está sendo feita.

O característico piso, feito de pedras portuguesas, encontra-se em péssimas condições, com diversos buracos por todo o parque, colocando em risco quem trafega e utiliza as dependências do mesmo. Equipamentos de esporte e lazer, como o playground para crianças e a academia ao ar livre também encontram-se em condições precárias, sem qualquer condição de uso.

O vereador Gilberto Natalini, defensor da causa ambiental, vai acompanhar os próximos passos e cobrará providências urgentes dos órgãos competentes.

About natalini