A pobreza extrema diminuiu no Brasil. Essa é a uma boa notícia e fruto das políticas compensatórias. O número de desempregados também caiu.
As pessoas estão conseguindo ter alguma renda, seja através das “bolsas” governamentais, seja através de alguma atividade econômica.
Daí a boa notícia da diminuição do número de miseráveis no país.
Mais uma coisa precisa ser dita: são 70 milhões de empregos informais, alguns extremamente precários, e 54 milhões de brasileiros dependentes dos repasses do Bolsa Família.
E o mais gritante é que a concentração de renda e sua consequência, a desigualdade social, continuam aumentando cada vez mais por aqui. Ou seja: as pessoas estão conseguindo se virar para viver, estão saindo da miserabilidade, e isso é bom. Mas a distância entre os poucos muito ricos e a grande maioria pobre só aumenta. Isso é péssimo!
No Brasil, por falência de múltiplos órgão do Centro Democrático, surgiu há alguns anos a tal “polarização” entre uma “direita” extrema e selvagem e uma “esquerda” fisiológica, demagógica e corrupta. Chamou-se a isso de BolsoPetismo.
Essa dualidade artificialmente construída tornou o cenário político e social do país extremamente tóxico e destrutivo. Atingiu a sociedade como um todo, tornando o diálogo nacional contaminado por um ódio incentivado que invadiu as instituições a até as famílias, destruindo pontes sociais e humanas.
Essa irracionalidade ideológica foi e é incentivada pelos dois polos extremos, que se beneficiam dela e a utilizam para sobreviver.
Nesse cenário surgiu a tese dos “Livres da Polarização”, retratada num artigo de autoria de Augusto de Franco, Roberto Freire, Eduardo Jorge e Gilberto Natalini no jornal O Estado de São Paulo.
A repercussão foi grande e a sociedade brasileira, como que cansada da disputa fraticida do “nós contra eles”, vem caindo na real, e já podemos ver que a cada dia mais pessoas vão se desintoxicando da polarização nefasta e buscando o caminho do bom senso.
Já são milhões de pessoas que se posicionam por construir um caminho do Centro Democrático. As eleições municipais mostraram um pouco disso.
A tarefa de reposicionar o Brasil para fora da “polarização tóxica”, rumo a um caminho democrático, é muito grande e desafiadora. Mas não temos outro caminho! Portanto, mãos à obra!!!
Gilberto Natalini- Médico e Ambientalista