Profissionais da saúde, trabalhadores, entidades da sociedade civil e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) protestaram nesta quinta-feira (5), em São Paulo, contra o sucateamento do atendimento público. Foram denunciados a falta de recursos e problemas de gestão que acarretam a má qualidade na prestação de serviço à população.
O vereador Gilberto Natalini (PV), um dos organizadores do ato, lembrou que cerca de 150 milhões de brasileiros dependem exclusivamente do SUS. “O governo vem tentando matar o SUS, deixando os profissional sem condições de trabalho. O sistema precisa de mais dinheiro para poder sobreviver, com gestão e sem desvios.”
De preto, atores encenavam em macas e cadeiras de rodas o drama de pacientes que sofrem nas filas dos hospitais. Também levavam um caixão para simbolizar o enterro simbólico do ministro da Saúde.
Os manifestantes se reuniram em frente à sede da Associação Paulista de Medicina (APM), no centro da capital, e marcharam até a Catedral da Sé, no centro da capital. O protesto foi organizado pela Frente Democrática em Defesa do SUS.
O SUS foi lembrado como uma conquista da sociedade brasileira e que foi planejado para prestar atendimento a toda população. Os médicos apontam para um esforço deliberado do governo Temer para enfraquecer o SUS e assim privilegiar as empresas privadas de saúde.
O presidente da APM, José Luiz Gomes do Amaral, lembrou que o próximo domingo (7) marca o Dia Internacional da Saúde, num momento em Brasil fica mais cada vez mais distante do caminho da dignidade nesta área, com a deterioração gradual do SUS.
O segmento da população que mais precisa de um Sistema Único de Saúde fortalecido é a população idosa, segundo o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), José Aureliano Ribeiro. “Os preços elevados dos planos de saúde não cabem no orçamento dos idosos que vivem das aposentadorias. Calamidade o que fazem com o SUS. Não aceitamos. Quando o sistema foi pensando, era um dos melhores do mundo.”