Queremos o Parque do Bixiga!

Na manhã desta 4ª feira (16), o vereador Gilberto Natalini (PV-SP) recebeu lideranças do bairro histórico do Bixiga. A pauta foi a tramitação do projeto de lei de autoria do parlamentar, para criação do Parque do Bixiga. A área deve incluir as ruas Jaceguai, Abolição, Japurá e Santo Amaro.

No dia 18 de setembro, o Projeto de Lei (PL) 805/2017, foi aprovado em primeira votação na Sessão Plenária. Agora segue para segunda votação.

Natalini apresentou para a comunidade a atual situação do terreno, o PL e os possíveis encaminhamentos até a implantação da área verde pública na região central de São Paulo, um dos bairros mais áridos da cidade. Estiveram presentes representantes do Teatro Oficina, Museu Memória do Bixiga, Coletivo Salve Saracura, Instituto Bixiga, Centro de Memória do Bixiga, Portal do Bixiga, Faculdade Phorte, Projeto Sustentável, Paróquia Nossa Senhora Achiropita, entre tantos outros.

A comunidade mobilizada em defesa do Parque do Bixiga e no combate à forte especulação imobiliária na região se demostrou unida em apoio à criação do parque, essencial para a preservação e valorização do meio ambiente local.

Todos juntos pela criação do futuro Parque do Bixiga.

Briga pelo terreno

Bixiga, bairro que abarca parte da Bela Vista e do centro de São Paulo. Bairro antigo, com muitas casinhas de vila, muitos cortiços, muitos imigrantes. Foi berço do samba paulistano e, inclusive, tem até uma rua que homenageia Adoniran Barbosa. Hoje, abriga nordestinos, refugiados palestinos e também jovens paulistanos que não resistiram ao charme do bairro e montaram livrarias, barzinhos despretensiosos e que frequentam as casas de samba e capoeira, lutando pela preservação do bairro e contra os projetos imobiliários megalomaníacos que querem minar a região.

É antiga a briga pelo terreno entre a comunidade e o Grupo Silvio Santos, que pretende construir três prédios de até 100 metros de altura, no Centro de São Paulo, prejudicando a construção do teatro Oficina, que é tombado desde 2010 pelo patrimônio histórico nas esferas federal, estadual e municipal.

A construção atual do Teatro Oficina foi projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi em 1992 e inaugurada em 1993.

De acordo com a arquiteta cênica no Teatro Oficina Marília de Oliveira Cavalheiro Gallmeister, um estudo concluiu que se os 3 condomínios fossem construídos, o Teatro Oficina teria luz natural durante apenas duas horas por dia. O projeto da construtora previa mil apartamentos com mil vagas de garagem, inclusive alguns andares de subsolo que atingiriam não só o rio que corre abaixo do terreno, mas o lençol freático que está há quatro metros do solo. Importante lembrar que nesse local passa o Rio do Bixiga.

 

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