Risco de contaminar-se ao ar livre é quase zero, mas o cuidado deve continuar

Um artigo publicado no final de junho, no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), destacou a importância do uso de máscara e indicou que a principal fonte de disseminação do vírus é pelo ar.

A tese foi reforçada por um estudo preliminar publicado na plataforma MedRxiv e desenvolvido por pesquisadores da Universidade da Flórida (EUA). Essa pesquisa mostrou que as partículas do vírus podem permanecer no ar como aerossóis, se espalhando rapidamente. E aqui vale lembrar que a transmissão por aerossol ocorre quando várias gotículas respiratórias produzem aerossóis microscópicos por evaporação quando uma pessoa respira, tosse, espirra ou fala.

Por outro lado, de acordo com Rosana Richtmann, se você mantiver o distanciamento de cerca de 2 metros, o risco de ser contaminado por esses aerossóis em um local ao ar livre, como um parque, é praticamente nulo.

“Se você estiver em um ambiente aberto com poucas pessoas, o risco, na minha opinião, é praticamente zero. Porém, se você estiver em um ambiente aberto, mas com muita gente cruzando com você e, em especial, se estiver sem máscara, o risco não é mais zero. Ele é muito menor do que em um ambiente fechado, mas não é zero.”, disse Rosana Richtmann.

O mesmo cenário serve para uma praia com poucas pessoas. “É um ambiente aberto, bem ventilado. Se você estiver afastado e com máscara, o risco é muito, muito pequeno. No entanto, ele começa a aumentar, um pouco, se você estiver numa praia, mesmo com pouca gente, mas que tenha pessoas falando alto, cantando, gritando e próximas umas das outras. Então, mesmo num ambiente aberto, o risco já sobe”, explica Richtmann.

A especialista ressalta, ainda, que é muito difícil alguém permanecer de máscara na praia e, por isso, sugere quatro dicas para aproveitar os dias de calor:

  • Evite aglomerações;
  • Visite praias mais distantes;
  • Mantenha o distanciamento social de no mínimo 2 metros;
  • Fale pouco, não cante, nem grite.

“Os números de contaminados e de mortes por COVID-19 seguem em queda em São Paulo e as coisas parecem estar voltando ao “normal”, mas ainda é necessário muito cuidado. Tudo indica que em pouco tempo teremos a tão esperada vacina e aí sim, tudo voltará ao normal”, enfatizou o vereador Gilberto Natalini.

Fonte: VivaBem UOL

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