Com o tema “Simplificando o diabetes: tudo o que você gostaria de saber”, foi realizado na manhã desta terça-feira (9/10), na Câmara Municipal de São Paulo, mais um “Encontro Temático para a Terceira Idade” organizado pelo vereador Gilberto Natalini (PV) e pela APOIO. Aberto ao público, o encontro contou com a presença de idosos e cuidadores.
Durante o encontro, a palestrante Magda Tiemi Yamamoto, enfermeira responsável pelo programa de diabetes do Hospital Albert Einstein, esclareceu dúvidas do dia a dia relacionadas à doença, com ênfase nas formas de prevenção e no tratamento.
Dentre os temas abordados, ela destacou o cuidado necessário ao extrair o sangue do idoso para o exame de glicemia. De acordo com Magda, ao realizar a chamada ordenha – procedimento que consiste em furar a lateral da ponta do dedo e pressioná-lo de baixo para cima –, é possível conseguir a quantidade correta de sangue e ainda evitar que o local fique dolorido, o que faz com que o idoso se torne mais aberto ao exame e, consequentemente, ao tratamento.
Outro ponto destacado foi a atenção aos sintomas de uma possível crise glicêmica, que podem variar de mudanças repentinas de humor até fraqueza e tontura. Ela também destacou a importância do acesso à informação como um dos principais artifícios no combate eficiente ao diabetes.
“Se não mantivermos um nível elevado de conhecimento, o idoso passa a não dar a devida atenção ao tratamento. E, nós precisamos desmistificar o medo dos pacientes e, principalmente, dos cuidadores. Então se você levar essa informação da maneira mais simples, mais fisiológica possível, é possível diminuir a ansiedade tanto do paciente quanto do cuidador, simplificando o medo do tratamento e melhorando a adesão do paciente”, afirmou Magda.
A palestrante Magda Yamamoto também definiu que o chamado diabetes compreende um grupo de doenças crônicas que têm como principal característica a deficiência relativa à produção ou a ação no organismo da insulina produzida pelo pâncreas, que implica no desequilíbrio do açúcar (glicose), gorduras e proteínas presentes na corrente sanguínea. Caso não seja diagnosticado ou tratado corretamente, o diabetes leva a complicações graves, que podem se tornar crônicas e até levar à morte.
Ao longo do encontro, os participantes interagiram por meio de perguntas que abordaram temas como reconhecer sinais e sintomas do aumento ou queda do açúcar no sangue, consequências da negligência ao tratamento e também desmistificar aspectos ligados à doença.
“Cada idoso tem um perfil diferente e, às vezes, reações diferentes. Com esses cursos eu abri muito a visão, para poder ajudar esses idosos melhorando a qualidade de vida deles”, disse a assessora familiar Hilda Antonia Santos.
“Estou aqui hoje para aprender como prevenir e ajudar as pessoas. Eu não tenho, mas deve ser muito difícil para quem tem esses problemas e precisa se cuidar, então eu quero ajudar”, reforçou a cabeleireira Virgínia Tamashiro, 73 anos, participante do encontro.