Com uma população de pessoas idosas cada vez maior, há a necessidade de mais ações do poder público em prol de um envelhecimento com qualidade de vida. A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania lançou, nesta terça (11/02), na Galeria Olido, região central, os Indicadores Sociodemográficos da População Idosa na Cidade de São Paulo. O objetivo é abastecer de dados os agentes públicos, profissionais do terceiro setor, estudantes, acadêmicos, jornalistas e demais interessados em conhecer as condições de vida da população idosa residente no município. O vereador Gilberto Natalini (PV-SP), que vem realizando um importante trabalho na causa do envelhecimento ativo e da terceira idade, não pôde estar presente, mas foi representando por sua assessora parlamentar, Luciana Feldman.
No evento realizado nesta terça na Galeria Olido, a Coordenadoria do Idoso apresentou dados que revelam, por exemplo, que a proporção de idosos passou de 11,9 em 2010 para 15,2 em 2019; que os idosos em São Paulo têm em média 70,1 anos de idade e que a proporção de idosos com 75 anos ou mais caiu de 28,2 em 2010 para 24,6 em 2019, no que diz respeito às Características Demográficas. Quanto às condições de vida do idoso, a proporção de idosos analfabetos atinge em alguns distritos mais de 25%, e a diferença entre os distritos na expectativa de vida ao nascer chega a 14 anos na cidade de São Paulo.
“A iniciativa da elaboração deste material é fundamentada na concepção de que o processo de construção de indicadores estimula a reflexão da comunidade composta de diferentes atores sociais sobre a realidade local, promovendo espaços de aprendizado, empoderamento humano e o protagonismo da pessoa idosa”, afirmou a coordenadora de Políticas para Pessoa Idosa, Sandra Regina Gomes.
O planejamento, a formulação e a implantação de políticas públicas para a pessoa idosa serão melhor orientados com esta publicação. As três principais fontes de dados usadas na confecção foram o Censo Demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, as Projeções Populacionais da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – SEADE e Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM da Secretaria Municipal da Saúde.
Foram analisados 96 distritos da cidade de São Paulo e dimensionadas as Características Demográficas, Condições de Vida, Condições de Habitação e de Saúde. Ao todo são 27 indicadores, sendo 11 na dimensão Características Demográficas, 6 em Condições de Vida, 4 em Condições de Habitação e 6 na dimensão Condições de Saúde.
O levantamento também contribui para as pessoas deficientes do município, como salientou a secretária municipal adjunta da Pessoa com Deficiência, Marinalva Cruz. “A população idosa tem muitas demandas semelhantes às das pessoas com deficiência, em temas como mobilidade urbana, transporte e moradia”.
Foram analisados 96 distritos da cidade de São Paulo e dimensionadas as características demográficas, condições de vida, condições de habitação e de saúde. Ao todo são 27 indicadores, sendo 11 na dimensão Características Demográficas, 6 em Condições de Vida, 4 em Condições de Habitação e 6 na dimensão Condições de Saúde.
Para a secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Claudia Carletto, o estudo identificou as diferenças e é uma fotografia da realidade da população idosa na cidade. “Estamos construindo políticas públicas com base em dados, este Indicador é mais uma ação da Prefeitura, que nessa gestão criou o FMID (Fundo Municipal do Idoso) com mais de R$ 1 milhão de doações, realizou a abertura do Espaço Longevidade, já ganhou o Selo Intermediário São Paulo Amigo do Idoso por cumprir várias metas em favor deste público e ainda vai receber nos próximos meses o Selo Pleno, além das várias atividades no Polo Cultural”.
O assessor técnico Renato Souza Cintra terminou o evento apresentando os índices coletados ao público presente.
Fonte: Site Prefeitura de São Paulo