Triste realidade: Natalini e Eduardo Jorge vistoriam áreas desmatadas na zona sul

Nesta segunda-feira (10/08), o vereador Gilberto Natalini (PV/SP) e o sempre Secretário do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo, Eduardo Jorge, realizaram uma vistoria presencial em algumas áreas de desmatamento localizadas na zona sul de São Paulo.

Após o lançamento virtual da 2ª edição do dossiê “A Devastação da Mata Atlântica em São Paulo”, com versões em português e inglês, o parlamentar tem vistoriado áreas pessoalmente, dessa vez foi acompanhado do seu amigo e colega de Partido Verde, Eduardo Jorge.

O dossiê elaborado por Natalini e sua assessoria aponta a derrubada sistemática de centenas de milhares de árvores em São Paulo, o que constitui uma ameaça ao abastecimento de água para cerca de 4 milhões de habitantes dependentes de duas represas situadas na zona sul da Capital. Com a redução da Mata Atlântica em curso, já ocorreu o aterramento e a extinção de centenas de nascentes que levam água pura a esses dois reservatórios. O documento retrata o gravíssimo problema socioambiental de São Paulo: ao todo, 7,2 milhões de metros quadrados de Mata Atlântica foram destruídos nos últimos seis anos.

“Encaminhamos o dossiê para as autoridades municipais, estaduais, federais e internacionais mas, infelizmente, até o momento nada foi feito”, enfatizou Natalini.

Diante deste contexto assustador, Natalini e Eduardo percorreram a pé algumas das mais emblemáticas áreas incluídas no relatório, todas localizadas em Parelheiros.

Uma delas foi o Sitio Irma (Estrada da Colônia), um caso bastante emblemático, onde a produção e a venda de lotes continuam apesar das reiteradas denúncias de crime ambiental.  Visitaram também invasões já consolidadas, como a da Estrada do Jaceguava, onde a inação da Prefeitura permitiu que a área de Mata Atlântica devastada à beira do Rio Caulim fosse transformada em um bairro clandestino; desde então, o rio passou a captar o esgoto de dezenas de edificações auto-construídas.

Os verdes percorreram ainda, alguns trechos das margens da Represa de Guarapiranga. O baixo nível do reservatório, a quantidade de lixo acumulado, a cor escura da água poluída e as construções erguidas em áreas de proteção ambiental foram apenas alguns dos itens que atestam a gravidade da situação, já amplamente enfatizada no dossiê.

“Ao todo são 1,2 milhão de árvores mortas, em 160 áreas desmatadas, nos últimos 6 anos na cidade de São Paulo. A situação é dramática, o enfrentamento é difícil, mas continuaremos na luta em defesa das matas e da água de São Paulo” finalizou o vereador e ambientalista Gilberto Natalini.

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