Sou médico há 47 anos, em exercício da profissão. Nunca parei!
Aprendi com meus mestres na Escola Paulista de Medicina (EPM/ UNIFESP), que as vacinas foram uma das maiores conquistas da ciência e da humanidade.
Durante todos esses anos, na prática da profissão, tenho confirmado esse ensinamento.
Durante décadas, como ativista da saúde pública, lutei, como tantos outros, por um Programa Nacional de Imunização, amplo e eficiente.
Nossa luta dentro do SUS deu resultado.
O Brasil alcançou o 1º lugar no mundo em imunização. Foi exemplo internacional.
O SUS fez isso, e isso, podemos garantir, salvou milhões de vidas no país, e erradicou dezenas de doenças que atingiam e matavam a população.
Assim, o sarampo, a varíola, a febre amarela, a poliomielite, a coqueluche, o tétano, a raiva, foram varridos do cenário da saúde pública no Brasil, pela eficiência do Plano Nacional de Imunização (PNI) do SUS.
Mas, eis que surge no mundo, uma corrente de pessoas que negam a eficiência e combatem as vacinas.
Onde? Como? Porquê?
São perguntas de difícil resposta.
Mas o certo é que muita gente deixou de se vacinar ao redor do planeta nos últimos tempos.
Isso, aliado à degradação ambiental, trouxe de volta doenças que já haviam sido erradicadas.
No Brasil há um enorme complicador.
Com a eleição de Bolsonaro, ele e seu grupo de seguidores começaram a negar as vacinas.
Foi assim na Pandemia de Covid-19, mas também se estendeu para enfraquecer o PNI, a ponto do país perder seu protagonismo mundial de campeão da vacinação e fazendo despencar os índices de imunização das populações mais vulneráveis, como crianças e idosos.
É uma antipolítica deliberada contra as vacinas.
É um tipo nefasto de nagacionismo científico.
É um crime contra a saúde pública que a história vai julgar.
O fato importante e necessário é que devemos estimular, mobilizar e trabalhar para que o governo forneça todas as vacinas do SUS e que a população vá se vacinar.
Vacine-se!!!
Gilberto Natalini- Médico e Ambientalista