O verão está chegando e com ele algumas doenças voltam a preocupar, como é o caso da febre amarela. “Como esta estação calorosa concentra mais pessoas em grandes locais de mata, floresta, parques, a circulação do vírus se torna maior, intensificando mais infecções e casos suspeitos”, afirmou o infectologista Guilherme Boulos à Folha de São Paulo em setembro deste ano.
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores e há 2 ciclos de transmissão: silvestre – quando há transmissão em área rural ou de floresta – e urbano.
O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa para pessoa. Ela tem importância epidemiológica por sua gravidade clínica e potencial de disseminação em áreas urbanas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti.
De acordo com o Centro de Vigilância Epidemiológica, até o momento, cerca de 8 milhões de pessoas foram vacinadas em São Paulo, melhor que o ano anterior, 2017, onde foram vacinadas 7,4 milhões.
A Secretaria Estadual de Saúde constatou até o mês de outubro, 502 casos autóctones confirmados, ou seja, naturais de regiões propícias e 175 destes acarretando em mortes. Com relação à infecção aos macacos, as chamadas epizootias, ocorreram 257 casos e metade aconteceu na região da Grande São Paulo.
Portanto, a importância para este cuidado e prevenção contra a doença é essencial. Em fevereiro deste ano, realizamos o Ciclo de Debate Município Saudável, onde tiramos várias dúvidas do público sobre essa endemia e tratamos de algumas políticas públicas para resolver e/ou pelo menos amenizar este problema.
Sou autor do projeto de lei nº 99/2016 que implica a ações emergenciais na cidade para o combate do Aedes, consolidando a campanha “Guerra ao Mosquito”. Também criamos na Câmara, o Comitê Municipal de Combate ao Aedes, que juntou centenas de parceiros e produziu milhares de folhetos educativos.
Temos que alertar a população para ajudar no combate ao mosquito e para não matarem os macacos, já que eles são as sentinelas da doença. A vacinação é muito importante.
Gilberto Natalini- Médico e Vereador (PV/SP)