A mesa administrativa abre procedimento de forma
a estudar e implantar a iniciativa
O vereador Gilberto Natalini solicitou ao presidente da Câmara Municipal de São Paulo, José Police Neto, pela terceira vez em quatro anos, a adequação do prédio em que a edilidade está instalada para atender a requisitos ambientais e favorecer a sustentabilidade. As medidas incluem reaproveitamento da água da chuva, plantação de árvores na região do prédio e modernização de equipamentos. A mesa administrativa inicia hoje procedimento no sentido de atender essa demanda.
Veja abaixo os ofícios e memorandos encaminhados:
O Palácio Anchieta, como é chamado o prédio que desde 1969 abriga a Câmara Municipal, tem 13 andares e três subsolos, além do piso térreo. Uma das propostas solicitadas por Gilberto Natalini é a criação de jardins na sacada do terceiro andar e no heliponto, a exemplo do que já foi feito no prédio da Prefeitura. “Além de embelezar, as plantas melhoram o ar e contribuem para atenuar o efeito estufa”, justificou o vereador.
Outra medida, cujos resultados são imediatos, é a instalação de torneiras com temporizador em todos os banheiros do prédio. As novas torneiras já foram instaladas nos banheiros dos corredores, porém Natalini defende que até os toaletes dos gabinetes sejam modernizados.
No que diz respeito ao pessoal que trabalha na Câmara, Natalini sugeriu o treinamento fornecido pela Sabesp para qualificar alguns “caçadores de vazamentos”. Com a capacitação, os funcionários estariam aptos a realizar vistorias periódicas e solicitar reparos antes que haja muito desperdício de água.
Para custear as reformas, Natalini apontou um programa de compensação de gastos da Fundação Clinton, fundada pelo ex-presidente norte-americano Bill Clinton. Os recursos para as reformas, provenientes de um fundo internacional, são pagos com o valor equivalente àquele que é economizado como resultado da maior eficiência obtida. Por exemplo: se a troca dos monitores antigos por monitores LCD reduz em R$ 1 mil a conta de luz, este é o valor que o fundo repassará para custear a mudança.
Natalini ressalta que as medidas por si só são insuficientes para causar uma grande mudança no clima mundial. O importante, de acordo com o vereador, é dar o exemplo e estimular as práticas sustentáveis. “O significado dessa atitude vai muito além do impacto ambiental do prédio da Câmara, por ser uma demonstração de nossa responsabilidade, arrojo e disposição para demonstrar como a administração pública pode dar o exemplo de conduta sintonizada com seu tempo”.
