Todas as grandes cidades mundiais enfrentam uma realidade mais do que preocupante: a poluição atmosférica. Um estudo do Instituto de Saúde e Sustentabilidade e da Escola Paulista de Medicina aponta que, se os níveis de poluição continuarem como estão, até 2025 haverá mais de 51 mil mortes na Grande São Paulo provocadas pela má qualidade do ar.
A Região Metropolitana da cidade mais populosa do Brasil e outros aglomerados urbanos do país são áreas extremamente afetadas. Com o objetivo de propor soluções para resolver a questão, que representa grave ameaça à saúde pública e à qualidade de vida das pessoas, a Fiesp realiza, nos dias 7 e 8/8, o seminário O ar que respiramos.
O presidente do Conselho Superior de Meio Ambiente (Cosema) da Fiesp, Eduardo San Martin, na abertura do seminário, fez um breve histórico a respeito dos principais agentes poluidores do ar. Há algum tempo, empresas se instalaram no Estado de São Paulo e, em especial, nas maiores cidades e regiões metropolitanas. O movimento se deu antes da criação de uma legislação ambiental, implementada em 1976, aqui em São Paulo, tendo sido a primeira do país com este perfil e poder de atuação. Em razão disso, as empresas e as indústrias passaram a controlar as suas emissões. “A partir de então, começaram a aparecer outros poluentes, principalmente, o transporte. Simultaneamente, a Cetesb passa a comparar outros parâmetros. A rede de monitoramento foi ampliada e com isso ficou evidente a ação negativa dos poluentes decorrentes das emissões dos transportes, dos veículos”, afirmou, em sua introdução.
O vereador Gilberto Natalini (PV-SP) ministrou palestra sobre os efeitos da poluição do ar na saúde humana. “A poluição do ar pode ser dividida em três categorias: pela presença de particulados, por questões climáticas e pela baixa umidade. As filas dos hospitais tem aumentado e muito por conta de doenças respiratórias causadas pela poluição do ar. A situação é muito grave. Sou coautor da lei que muda a matriz energética dos ônibus da frota municipal de São Paulo. A lei foi sancionada, mas ainda não foi regulamentada. Se não agirmos com rapidez, muitas pessoas ainda morrerão por conta da poluição”, disse Natalini.
O evento O ar que respiramos reúne especialistas no assunto e autoridades com o objetivo de abordar novos aspectos a respeito do principal agente causador de poluição, a queima de combustíveis derivados do petróleo, tais como a gasolina e o diesel, e os impactos gerados pelos poluentes provenientes dos transportes aéreos e marítimos, e as fontes de energia mais limpa.
Fonte: Site FIESP