Gilberto Natalini SP

O CLIMA NERVOSO: A VIDA AMEAÇADA!

               Nesse universo infinito, obscuro, silencioso e desconhecido para nós, existe um pequeno pedaço chamado Via Láctea. Nele tem um canto com um Sol e nove planetas, entre eles, um diminuto planetinha azul, que foi apelidado de Terra.                Essa tal Terra é composta de matéria incandescente em seu interior, da parte fria que se diz crosta, e é encoberta por de cerca de 71% de água em sua superfície, onde 97,5% é de água salgada.                É aí que, sabe-se lá porque (ainda se afogam em teorias), há 3,7 bilhões de anos surge a capacidade de reprodução de seres, que lutam por sua existência. São chamados de seres vivos.                A diversidade e a quantidade deles são tão grandes no decorrer desse tempo, que não se consegue calcular.                Vivem uns comendo aos outros para sobreviver. Parasitam-se e fazem simbiose. Extinguem-se e surgem outros novos, evoluem no decorrer dos tempos, sobrevivendo os que melhor se adaptam.                No topo dessa cadeia alimentar estão os humanos, que têm maior consciência de sua própria existência, e aprenderam a explorar e modificar a Natureza como ninguém, com ferramentas, tecnologia e planejamentos infindáveis.                Esses, os humanos, estão por aqui há 300 mil anos, segundo consta.                E é aí que mora o perigo!                A vida por aqui é regulada por um equilíbrio fino, onde o maior ou mais poderoso ser vivo depende, por uma teia de conexões, de todos os outros. Cada fio rompido dessa teia faz o sistema tremer e pode extinguir cadeias inteiras de viventes.                Pois bem!                A intervenção exagerada dos humanos, que não param de se multiplicar e já chegaram a 8 bilhões de indivíduos, sobre os recursos naturais e o meio ambiente, tem rompido muitos fios da teia da vida.                Várias espécies vêm sendo extintas pela ação humana, e milhares estão hoje ameaçadas. Tanto no mundo vivo animal e vegetal quanto em todos outros reinos.                Na busca da produção da energia, fundamental para as peripécias humanas, há quase 200 anos descobriu-se o combustível fóssil, usado em larga e principal escala hoje, e extraído do seio da Terra.                Mal sabiam os incautos que a queima desse fóssil iria produzir resíduos gasosos, que acumulados como um cobertor ao redor do Planeta, causariam um efeito estufa, retendo o calor do Sol e aquecendo o ar, a água e a terra.                E mais: esse aquecimento mudaria o comportamento do clima, que rege toda a vida nesse planetinha, produzindo efeitos extremos temerários.                E assim estamos nós hoje em dia!                          Mal sabiam, ainda, os incautos humanos, que tais mudanças climáticas teriam o poder de alterar todo o ciclo da vida, com suas chuvas violentas, suas estiagens prolongadas, seu calor insuportável e seu frio extemporâneo.                O clima indignou-se e veio para cima de nós!                Nessa emergência climática, espécies vivas vão sendo ameaçadas e destruídas, na terra e mar. O urso polar e os corais são paradigmas.                Mas há um mundo minúsculo e desconhecido que surge com importância: os micro-organismos.                Nesse mundo invisível dos “micróbios” o clima também age.                Assim, as bactérias, protozoários, micro fungos, vírus e congêneres mexem-se na clandestinidade da vida, diante do aquecimento global.                Temos visto “o topo da cadeia”, os humanos, debaterem-se diante do adoecimento e da morte, pelo aumento exponencial de doenças infectocontagiosas, como a dengue, a varíola, as viroses respiratórias, as superbactérias comedoras de carne, e a rainha de todas, a Covid-19.                As vacinas e os antibióticos correm atrás do prejuízo.                Mas, pelo que parece, as mudanças climáticas e a devastação das fronteiras ambientais vão liberando micro-organismos conhecidos e desconhecidos que têm como alvo outros seres vivos. Vejam a virose que está dizimando as abelhas nos EUA. Esse é só mais um exemplo.                Mas, na verdade, o grande alvo desses “bichinhos” todos é a carne humana.                E, sinceramente, acho que estamos só no começo. GILBERTO NATALINI- Médico e Ambientalista

Carta aberta- Médicos pelo meio ambiente e pelo clima – APM

O aquecimento global e as mudanças climáticas são uma realidade presente, que afeta a saúde individual e coletiva de todos, causando adoecimento, agravamento de doenças e mortes. Os impactos na saúde envolvem os desastres naturais, as doenças relacionadas ao calor, as doenças infecciosas, a poluição e a qualidade do ar, a poluição dos oceanos pelos microplásticos, a poluição ambiental por resíduos sólidos, a segurança alimentar, a qualidade e escassez da água e a saúde mental. Cabe aos médicos e aos serviços de saúde, no fim das contas, atender e se encarregar das vítimas e das pessoas afetadas na forma de doenças causadas pelas emergências climáticas e pela degradação ambiental. Os médicos têm credibilidade, legitimidade e autoridade para falar sobre as consequências das alterações ambientais e climáticas sobre a saúde, esclarecendo as pessoas, esclarecendo a opinião pública, esclarecendo os agentes de saúde e propondo políticas de saúde públicas e privadas. Além do mais, o setor saúde, por si só, é um grande emissor de gases de efeito estufa, um grande consumidor de energia e produtor de lixo e como tal contribui para o aquecimento global. É um imperativo ético os médicos se envolverem na luta contra o aquecimento global, seja individualmente na sua prática clinica e profissional, seja nos hospitais e serviços médicos em que trabalham, seja coletivamente através das entidades representativas da classe médica e suas especialidades. Conclamamos a todos os médicos, às entidades de classe, às sociedades de especialidades médicas, aos representantes de hospitais públicos e privados e aos demais representantes do setor da saúde a participação nessa batalha. Vamos juntos cumprir nossa missão e nosso papel na preservação do meio ambiente, na luta contra as alterações climáticas e na preservação e prevenção da saúde individual e coletiva.

LIVRES DA POLARIZAÇÃO: agora é a hora.

O Brasil, por uma falha profunda de sua Democracia, afundou num mar de corrupção, de criminalidade, de recordes de desigualdade social, de desesperança popular. Isso ocasionou o surgimento de ideias e personagens que polarizaram o país de forma doentia. De um lado uma chamada “direita radical”, que flerta com a ditadura, que prega um moralismo e não pratica, que despreza o bem-estar social, a ciência, a verdade e corteja a barbárie. Seu ícone é Bolsonaro. De outro lado uma “esquerda deturpada”, que vive do discurso fácil, demagógico, fisiológico e banal, que também flerta com as autocracias do mundo, que pratica uma política social quase esmolar, que corrompe as instituições e as pessoas com dinheiro e cargos. Essa turma é liderada pelo Lula/PT. Os dois polos têm em comum a subserviência absoluta a um sistema financeiro que suga quase 50% de todo o orçamento público do Brasil, todo ano. Esses “polos ideológicos” se auto sustentam mutuamente, dividindo o país numa falsa polarização tóxica e nefasta, e não contribuem para resolver os reais e profundos problemas brasileiros. São duas faces de uma mesma moeda do sistema político e econômico que inferniza nossa democracia há décadas. Hoje vemos a maioria do nosso povo caindo na consciência realista de que essa polarização precisa ser rompida, com a construção de um caminho político dentro dos marcos democráticos, onde se busque o bom senso, a verdade, e a coragem. Uma via democrática e ética que coloque o Brasil no rumo certo. Bolsonaro e seu governo de barbárie está no banco dos réus, próximo da prisão. Lula, o PT e seus aliados estão nas cordas, com seu governo de populismo barato indo ladeira abaixo. Agora é a hora dos brasileiros se unirem para construir um programa político e um nome do centro democrático e ético, livre da polarização. Uma via que defenda a democracia, o desenvolvimento com preservação ambiental, equidade social e a moralidade pública. Somos capazes disso e a realidade nos desafia. Vamos à luta! Gilberto Natalini- Médico e Ambientalista

DEIXEM A LEI CIDADE LIMPA EM PAZ

Dividimos as poluições na cidade, didaticamente, em 6: Poluição do ar, do solo, das águas, sonora, visual e climática. Em que pese todo o esforço que São Paulo tem feito para recuperar seu passivo ambiental e evitar novas degradações, a única poluição que sofreu um golpe mortal foi a visual. Os demais 5 passivos ambientais têm tido avanços, as vezes recuos no decorrer do tempo, embora o saldo seja positivo a favor do meio ambiente urbano. Não vou detalhar isso aqui. O divisor de águas do antes e depois na poluição visual foi a Lei 14.223 conhecida como Lei da Cidade Limpa, proposta e implementada pelo Prefeito Gilberto Kassab em 2007, com o apoio de todas as forças vivas da cidade. Quem não se lembra do cenário horrível dos outdoors em São Paulo, dos anúncios em luminosos exagerados, das placas de propaganda, faixas, cartazes e outros, que agrediam os olhos dos paulistanos afetando a saúde mental e a qualidade de vida? A lei veio para ficar e para dar um basta na poluição visual da Paulicéia. Essa foi uma grande iniciativa de política pública que deu certo por aqui. Pois bem! Agora, um “vereador iluminado”, descompromissado com a urbanidade, numa atitude sem noção e atabalhoada propôs o Projeto de Lei (PL) 239/23 que flexibiliza e fere de morte o cenário urbano com o desmonte da Lei da Cidade Limpa. O PL está tramitando na Câmara Municipal e, pasmem, já foi aprovado em primeira votação, com poucos votos contrários. Agora caminha para segunda e definitiva votação. Mário Covas dizia: “não há governo ruim para povo organizado”. Isso vale também para o parlamento paulistano. Portanto, está nas mãos das mesmas forças vivas, que efusivamente fizeram a Câmara aprovar a limpeza visual de São Paulo, mostrarem sua cara mobilizada e indignada para fazer os vereadores da cidade desistirem dessa aventura amalucada e nociva ao tentar poluir visualmente o ambiente urbano. Trata-se da mobilização social por uma causa ambiental, urbanística e de saúde pública. Trata-se do maior parlamento municipal do Brasil, se olhar no espelho e tomar rumo na vida. Trata-se de ganhar a luta entre o bom senso e o despautério. Portanto, repito: Deixem a Lei Cidade Limpa em paz! Gilberto Natalini- Médico e Ambientalista Valter Caldana- Arquiteto e Urbanista

AS ÁRVORES: mais que os cães, melhor amiga dos homens

Muito se diz que “os cães são os melhores amigos dos homens”. Nos dias de hoje isso ganhou uma proporção gigantesca, diante da solidão e do individualismo que invadiu nossas vidas. Os “pets” ganharam um protagonismo na existência dos humanos. Um enorme número de pessoas possuem “pets”, que são como parte da família, e esses seres ganharam um protagonismo peculiar na vida e no afeto das pessoas. Parece que a tendência disso é aumentar. Mas o mundo gira e a realidade se transforma. Os impactos dos fenômenos ambientais e climáticos sobre a humanidade são cada vez maiores e ameaçadores, haja vista a relação de espoliação predatória que temos com a mãe natureza, por tudo que destruímos e tiramos dela em termos de recursos naturais, e os resíduos e venenos que devolvemos, resultantes do nosso consumo, sob forma de lixo e gases de efeito estufa. Os fenômenos ambientais e climáticos resultantes da nossa relação doentia com o planeta avançam numa velocidade bem maior do que a capacidade de resiliência. Vemos isso todo dia. É aí que surgem esses seres majestosos, que existem por aqui muito antes de nós, e que foram vítimas durante milênios do nosso desprezo, de nossa destruição e exploração desenfreada. As árvores! Sim, nossas velhas conhecidas, as árvores! Depois de devastar trilhões desses majestosos seres, nós vamos caindo na real, que diante da ameaça concreta para a própria existência humana, a árvore vai se revelando o modo mais fácil, mais barato, mais tangível, mais necessário, para nos proteger dos fenômenos climáticos extremos. O Professor José Goldemberg disse que “as árvores são as melhores amigas dos humanos” nas circunstâncias atuais. A árvore certa, no lugar certo na hora certa! Esse é o meu lema e convido a ser o de todos. Uma árvore grande evapora 400 litros de vapor de água por dia (tão necessários para nossos pulmões); seu entorno absorve a água das chuvas torrenciais, infiltrando o lençol freático; sob sua sombra, a temperatura pode ser até 4ºC menos que o ambiente; as árvores abrigam pássaros e pequenos mamíferos, além de insetos, todos importantes na cadeia da biodiversidade; e as árvores dão vida à paisagens, com suas copas e suas flores, além é claro, das frutas. Assim, podemos reafirmar que plantar árvores, ainda é a forma mais fácil, mais barata, mais inteligente de diminuir a depredação da vida no Planeta. Plantemos!!! Plantemos muito!!! Gilberto Natalini- Médico e Ambientalista

GUERRA: Um Ato Boçal

Alguém publicou que temos hoje 52 focos de conflitos armados no mundo. Guerras maiores ou menores pelo planeta afora. Se não for tanto deve chegar perto. A maioria das pessoas acompanha os mais noticiados e de maior impacto militar e econômico. Aquelas em países periféricos e localizados, mal saem nas notícias, embora existam e sejam cruéis. Assim vemos os órgãos de imprensa tomados pelas guerras na Rússia/Ucrânia, Israel/Gaza e agora Israel/Irã. As hostilidades do Azerbaijão contra a Armênia, do Paquistão/Índia e outros tantos na África já foram para a 2ª página. O fato concreto é que num mundo tomado por uma desigualdade social obscena, pela acumulação avassaladora de riquezas, pela insegurança alimentar (fome) e hídrica (secas prolongadas), pela ameaça da degradação ambiental e pelas mudanças climáticas, a resposta humana escapa para as guerras. Os conflitos bélicos são companheiros de viagem da história humana. Mas convenhamos!!! Em tempos de produção exuberante de riquezas, de avanços científicos e tecnológicos disruptivos, de globalização do saber, da economia e da política, falar e fazer guerra é a manifestação mais pura da insanidade humana. A guerra é um ato de loucura e burrice de poucos, que leva muitos ao desespero, à crueldade, ao sofrimento e à morte. Nada, mas nada mesmo, dentro de um raciocínio minimamente lógico e humanístico pode justificar as campanhas bélicas. A guerra, junto com a tortura e o terrorismo é um ato ignóbil que transporta o ser humano à sua condição mais torpe. A crueldade da Rússia contra a Ucrânia, o terrorismo do Hamas, o massacre de Israel em Gaza, as hostilidades do Paquistão e Índia, o conflito Israel/Irã, a covardia no Iêmen são exemplos da boçalidade das guerras, diante dos infinitos desafios que a humanidade tem pela sua sobrevivência e bem-estar. A indústria da guerra surfa nessa tragédia e enche seus bolsos com o dinheiro molhado do sangue das vítimas de suas armas. Gilberto Natalini- Médico e Ambientalista

Manifesto à COP30: Por Justiça Climática e Cuidado com a População Idosa

As mudanças climáticas, antes uma previsão distante, são hoje uma realidade urgente que impacta de forma cruel os mais vulneráveis, especialmente as pessoas idosas. No Brasil, onde mais de 32 milhões de cidadãos têm 60 anos ou mais, é imperativo reconhecer que o clima extremo está colocando vidas em risco e exige respostas imediatas. Impactos das Mudanças Climáticas na Saúde e na Vida das Pessoas Idosas: Nosso Chamado à Ação: É inadmissível que as políticas públicas ainda negligenciem a relação entre a crise climática e a saúde da pessoa idosa. Demandamos: Este manifesto é um chamado à ação para gestores públicos, setor privado, sociedade civil e comunidade internacional: proteger as pessoas idosas é proteger o futuro de todos. A crise climática já começou. A omissão, neste momento, custa vidas.  Comitê Congresso Municipal Envelhecimento Ativo Cidade de SP Eliseu Gabriel – Presidente do Congresso – Câmara Municipal de São Paulo Gilberto Natalini – Idealizador e Presidente de Honra do Congresso – Associação Popular de Saúde Luciana Feldman – Secretária Executiva do Congresso – GAIAlzheimer – Grupo de Apoio Interdisciplinar em Alzheimer e outras Demências. Lina Menezes – Secretária Executiva do Congresso – Faz Muito Bem Saúde e Longevidade – Tudo Sobre Alzheimer Yeda Duarte – Secretária Executiva do Congresso – O Que Rola Na Geronto … Alexandre Kalache – Presidente do ILC-Brasil Agda Pires de Moraes Carboni – Equipe ATIV Idade Longevidade Ativa / Grupo RAMMA (Estimulação Cognitiva/Adultos 60+) Antonio M. Afonso – Presidente do Instituto Nacional Ouvidoria do Idoso Antonio Narvaes Leiva – New Care Residencial para Idosos  Ary Filler – Coordenador no coletivo “Trabalho60mais”  Bárbara Hartz – Comunidade da Inovação  Beltrina Côrte – CEO do Portal do Envelhecimento e Longeviver, e pesquisadora do Núcleo de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (Nepe), da PUC-SP Bibiana Graeff – Professora do Curso de Bacharelado e do Programa de Pós-Graduação em Gerontologia, EACH/USP, e do Programa de Pós-Graduação em Direito, Faculdade de Direito Largo São Francisco/USP.  Carmen Silvia Calandria Ponce – GAIAlzheimer – Grupo de Apoio Interdisciplinar em Alzheimer e outras Demências. Claudia Vallone Silva – Apoio/Capacitação de Cuidadores de Idosos. Dineia Mendes de Araujo Cardoso – Assessoria Técnica do Núcleo de Lazer da Pessoa Idosa- Secretaria Municipal de Esportes e Lazer- SEME  Eliane Kreisler – Longetalks  Eliz Taddei – Fundadora e CEO da Trevoo Eneida Rosi – Líder do Comitê 60+ do Grupo Mulheres do Brasil Fabiana Satiro – Diretora da 50mais Ativo                                                                                                            Filipe Maciel Paes Barreto – Mestrando do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo Gustavo Grüneberg Boog – Diretor da Boog Consultoria Inês Rioto – Conselho Estadual do Idoso SP/  ILC-Brasil José Carlos Ferrigno – Diretor da Associação dos Aposentados e Funcionários do Sesc SP José Maria Montiel – Universidade São Judas (USJT) – Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências do Envelhecimento – PPG-CE / USJT Juvani Pires Nunes Campos da Cunha-Func. Pública Estadual Apisentada (Ceará) Kathya Beja Romero – Mestranda em Gerontologia (EACH/ USP)  Lidia Nadir Giorge – Diretora da ACIRMESP Lígia Py – ILC-Brasil Lucia Helena de Palma – Portal Casas de Repouso Luis Baron – Associação EternamenteSou Luiz C. Moraes – Supera Instituto Educação  Luiz R Ramos – Centro de Estudos do Envelhecimento da Escola Paulista de Medicina / UNIFESP Marcia Regina Tobias de Andrade – ATIV Idade Longevidade Ativa e Grupo Marcia Regina Tobias de Andrade – Equipe ATIV Idade Longevidade Ativa / Grupo RAMMA (Estimulação Cognitiva/Adultos 60+) Maria Aparecida Cruz de Souza – Rede Social Zona Norte – SP Maria Aparecida Ferreira de Mello – AME – SP Maria Elizabeth Bueno Vasconcelos – Apoio/Capacitação de Cuidadores de Idosos Marina Brandão Whitaker – Equipe ATIV Idade Longevidade Ativa / Grupo RAMMA (Estimulação Cognitiva/Adultos 60+) Marilia Viana Berzins – Presidente do OLHE (Observatório da Longevidade Humana e Envelhecimento). Doutora em Saúde Pública. Mestre e especialista em Gerontologia Marly Augusta Feitosa da Silva – Coordenadora do Fórum da Cidadania da Pessoa Idosa de Vila Mariana Norma Rangel – Fundadora e Coord. Fórum Amigo da Pessoa Idosa Vila Mariana Rachel Vainzoff Katz- Gerente da Área Social da Unibes Raquel Budow –  Grupo RAMMA (Estimulação Cognitiva/Adultos 60+) Ricardo Leme Pacheco – Walking Football Brasil                                                                                                                  Ricardo Pessoa – Casa Séfora Rosangela Rachid – Arquiteta e Urbanista – Mestre em Gerontologia (EACH/USP) Samir Salman – Instituto Premier Sandra Ferrero – Coordenadora Trabalho60+ Sérgio Márcio Pacheco Paschoal – médico geriatra, vice-presidente do Observatório da Longevidade Humana e Envelhecimento e Coordenador do Grupo de Pesquisa PrevQuedas Brasil. Sonia MD Brucki – coordenadora Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento -HC FMUSP  Sueli Schreier – Coordenadora da Área do Envelhecimento da Federação Israelita do Estado de São Paulo Suzana de Rosa – Assessora da Coordenação de Políticas da Pessoa Idosa- SMDHC Timoteo Leandro de Araujo – SeniorFit Br e AMI Day Care Thiago Costa Florentino – Geros Ciência Valéria S I Takahashi – Assistente Tecn em Gerontologia no CONVITA (Patronato Assistencial Imigrantes Italianos) e Associação Eternamente Sou Vera Caovilla – Diretora de Projetos da 50mais Ativo … Importante: Participe! Para se somar ao movimento, compartilhe, divulgue e também assine este Manifesto com seu Nome completo e Entidade. Contato por email: manifestoidososcop@gmail.com …

O GOLPE QUE MICOU

Muito está se falando sobre o golpe do Bolsonaro no Brasil. Golpe que não deu certo, e foi tentado pelo governo que cessou em dezembro/22. Bolsonaro é o reflexo da ditadura militar e do ambiente de violência do Rio de Janeiro. Ganhou a eleição em 2018, como uma escolha errônea e destemperada de parte dos brasileiros, diante da roubalheira praticada no mensalão e no “petrolão” durante os governos petistas. Em 2003, Lula/PT chegou ao poder no Brasil. Durante seus 3 governos foram se afundando em práticas e escândalos de corrupção, sendo os principais o mensalão e o mega esquema de ilícitos chamado de petrolão. O governo Bolsonaro 2018/2022, foi um desastre civilizatório, que fez o Brasil flertar com a barbárie na política e na vida do povo. Lula, que foi condenado e preso, voltou à cena, tendo sido “descondenado”, como alternativa de poder ao bolsonarismo. Com isso, criou-se uma polarização nefasta e tóxica entre o lulopetismo e o bolsonarismo, que persiste no país até hoje, embora venha perdendo força gradativamente. Em 2022, quando a polarização tornou-se dominante, o Brasil caminhava para a vitória de Lula. Então, Bolsonaro partiu para o tudo ou nada para não entregar o poder. Usou todos os meios de redes sociais, de articulações políticas, de ataques às urnas eletrônicas, e por fim, passou a articular um movimento golpista para não reconhecer o resultado das eleições. Seu plano era afirmar que as urnas foram fraudadas e por isso ele decretaria um estado de sítio, de exceção, de autoritarismo, e permaneceria no poder. Buscou apoio nas forças armadas para respaldar seu golpe. Mas os chefes militares, instados por forças internas e externas, negaram-lhe o apoio, e ele ficou só, com seu grupo, vendo seu plano de golpe “micar”. Lula tomou posse e Bolsonaro está respondendo por conspiração contra a democracia. Na verdade, o resultado dessa polarização bolsopetista tem feito o Brasil padecer, na perda de ética, de qualidade de vida, de esperança no país. É urgente construirmos o caminho para sair desse dualismo e partir para o bom senso do centro democrático despolarizado. Para isso trabalhamos. Gilberto Natalini- Médico e Ambientalista

BRASIL: Não ao PL da Devastação!!!

Muito se tem dito que o desmatamento tem diminuído no Brasil. Isso é uma verdade. A derrubada de floresta teve uma queda de 40% nos últimos anos. Mas isso não permite, de forma nenhuma, que estejamos satisfeitos. O Brasil é a maior reserva florestal do mundo, embora tenha perdido grande parte de sua cobertura vegetal no decorrer do tempo, em todos os seus 6 biomas. Da Mata Atlântica, que já foi exuberante, restam míseros 14,5%, e continua ameaçada pelo desmatamento. Nosso cerrado já perdeu 50% de sua área verde, e avança a destruição de sua mata característica. O Pantanal, o maior bioma úmido do planeta, sofreu uma devastação demolidora nas últimas queimadas, grande parte delas provocadas pela mão humana, e potencializada pela estiagem cruel das mudanças climáticas. No Pampa e na Caatinga avança o processo de desertificação, promovido pela mão humana e pelos fenômenos climáticos. A Amazônia, nossa grande floresta, a maior do planeta, já perdeu 25% de sua cobertura verde, com a “construção do progresso do Brasil”. E embora tenha queda no desmatamento, nos últimos 2 anos, a floresta continua sendo derrubada todos os dias, em ritmo agressivo, seja pelo “desenvolvimento” da atividade agropecuária, muitas vezes ilegal, seja pela exploração de venda da madeira, do garimpo e da especulação da terra. É preciso dizer que a “atividade econômica” do desmatamento na Amazônia é conduzida pelas quadrilhas de tráfico de drogas, do crime organizado, de grupos políticos e econômicos corruptos e predatórios que avançam mata adentro, desmatando terras públicas e reservas indígenas. Agora, esse crime contra a humanidade pode ser escrito na letra da lei. Foi aprovado pelo Senado e já está para aprovação na Câmara Federal o PL 2159/21, que flexibiliza drasticamente a licença ambiental e abre a porteira para a “boiada passar”. A “bancada do boi e do agro”, aliadas a outras bancadas da predação querem apoiar essa barbárie, em tempos de aquecimento global e degradação ambiental. O governo federal está dividido. De um lado, a Ministra Marina Silva, que é contra e do outro, Ministros do PT e outros partidos que são simpáticos ao “PL da devastação”. A nós, ambientalistas, empresários conscientes do desenvolvimento sustentável, cientistas e acadêmicos, religiosos comprometidos com nossa casa comum, organizações da sociedade civil, intelectuais e jornalistas, pessoas do povo que são vítimas dos fenômenos climáticos extremos, parlamentares e gestores com senso de responsabilidade, resta conversar com o povo brasileiro, para fazer uma enorme pressão sobre o Parlamento e o Governo brasileiro e enterrar o PL2159/21, e partir para construir um Brasil de progresso, sim, mas com desenvolvimento econômico sustentável, consonante com a preservação ambiental. Gilberto Natalini- Médico e Ambientalista