Caso de JK ainda não está esclarecido, diz Natalini

A Comissão da Verdade “Vladimir Herzog” da Câmara Municipal ouviu nesta terça-feira (13/8) o depoimento de quatro pessoas sobre o acidente que matou o ex-presidente da república Juscelino Kubitschek e seu motorista Geraldo Ribeiro em 1976. Após os relatos, o presidente do colegiado, vereador Natalini (PV), afirmou que “o caso é complexo e ainda não está esclarecido”.
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Segundo Natalini, é fundamental que essas mortes sejam esclarecidas, mas ainda serão necessárias muitas investigações. “Temos muitos indícios duvidosos que nos levam a crer que o caso ainda não está encerrado”, disse. “É fundamental que a morte de JK seja esclarecida porque isso implica nos desdobramentos políticos do Brasil”, acrescentou.
Houve colisão?
A versão oficial da morte do ex-presidente da república é de que o carro em que ele estava teria sido fechado por um ônibus e o motorista teria perdido o controle da direção. “Hoje ouvimos aqui do próprio passageiro que o ônibus e o carro nem chegaram a relar. Além disso, Oliver nem foi ouvido nas investigações, enquanto o motorista do ônibus foi julgado duas vezes”, analisou Natalini.
O processo de investigação da morte de JK foi reaberto em 1996 a pedido de seu ex-secretário particular Serafim Jardim. Para ele, o ex-presidente foi assassinado.
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Não é o que acredita Gabriel Junqueira Villa Forte, filho de um brigadeiro que conhecia Juscelino e proprietário de um hotel em Resende (RJ), local onde o ex-presidente esteve antes do acidente. Para ele, não há o que investigar: “A curva onde aconteceu o acidente é muito perigosa mesmo. O motorista provavelmente estava rápido e perdeu o controle da direção. Não tem a menor chance de ter sido algo diferente”, disse.
Durante a reunião, o advogado responsável pela reabertura do processo, Paulo Castelo Branco, avaliou como “frágil” o depoimento de Villa Forte. “O filho do proprietário do hotel pouco esclarece e as informações precisam ser aprofundadas”, avaliou.
Natalini ressaltou que os parlamentares querem a verdade. “Queremos ouvir o máximo de pessoas para chegarmos de fato ao que aconteceu com JK, queremos apenas a verdade”, disse.

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