A Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de São Paulo, presidida pelo vereador Gilberto Natalini (PV), realizou sua reunião ordinária, tendo como pauta o “Projeto de Reforma Paisagística do Vale do Anhangabaú”. Participaram da reunião o vereador Gilberto Natalini (PV), Marco Antonio Ramos- Superintendente Associação Viva o Centro, Silvio Dias- Diretor CAU SP, Luciano Fiaschi- Arquiteto Abap, Luis Eduardo Surian- Superintendente SP Urbanismo, Lucia Simoni – Representante da Secretaria do Verde e Meio Ambiente, entre outros vereadores da Comissão.
O Vale do Anhangabaú sofre com a degradação e tem problemas de segurança. Para mudar esse panorama, a administração municipal preparou um projeto que envolve a instalação de bancos, uma nova sinalização, inserção de vários espelhos d’água que se refluem para permitir a concentração de pessoas em eventos e melhorias nos acessos. As obras foram aprovadas, mas não há previsão para seu início e ainda não definiram sequer o orçamento do projeto, estima-se algo em torno de R$ 200 milhões.
O projeto foi apresentado por Luis Eduardo Surian- Superintendente SP Urbanismo, e foi bastante criticado pelos demais membros da mesa e pela plateia, por se tratar de um projeto desnecessário, dentre tantas outras necessidades dessa grande metrópole. O que foi colocado pelos demais membros é a necessidade de uma melhor gestão do Vale do Anhangabaú, com pequenas reformas, melhoria na arborização, melhoria na segurança, entre outros itens, mas entendem como incabível o projeto apresentado.
Ocupada desde o século XIX por chácaras e plantações de chá, a região ganhou importância após a construção do Viaduto do Chá, em 1892. Na sequência, a área recebeu jardins no estilo inglês (refeitos nos anos 80) e tornou-se berço do Teatro Municipal em 1911. Além de ser um dos principais cartões-postais da cidade, o Anhangabaú tem uma história marcada por eventos culturais e manifestações, como o célebre comício das Diretas Já, em 1984, com a presença de cerca de 1,5 milhão de pessoas.