Especialistas realizam debate sobre ‘cuidados paliativos’ na Câmara

A Câmara Municipal de São Paulo realizou nesta segunda-feira (19/3), mais um ‘Ciclo de Debate Município Saudável’. Desta vez, o evento abordou o tema ‘Cuidados Paliativos e Terminalidade da Vida’. A iniciativa foi do vereador Gilberto Natalini (PV) e contou com o apoio da Academia Nacional de Cuidados Paliativos, Hospital Premier e Instituto Paliar.  Natalini não pôde participar do evento, pois estava representando a Câmara Municipal, no Fórum Mundial da Água, em Brasília, mas foi representado por sua assessora de comunicação e eventos Luciana Feldman. 


Os chamados ‘cuidados paliativos’ foram definidos pela OMS (Organização Mundial de Saúde) em 2002 como uma forma de assistência para melhorar a qualidade de vida de pacientes e familiares que enfrentam doenças potencialmente ameaçadoras. 

“O Brasil está bem mal no quesito cuidados paliativos. Temos “ilhas isoladas”, falta uma política pública. No Brasil as pessoas morrem mal, com dor. As equipes de cuidados paliativos cuidam do sofrimento do paciente e da família”, disse o Dr. Daniel Neves Forte, Presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos.  
Cuidados Paliativos
De acordo com a estratégia programada pela OMS, as ações paliativas devem começar já no momento do diagnóstico.
A partir daí, os cuidados precisam se desenvolver de forma conjunta com as intervenções terapêuticas capazes de modificar o curso da doença. Esse protocolo tem de ser realizado por uma equipe multidisciplinar composta por um médico, um enfermeiro, um psicólogo, um assistente social e ao menos um profissional da área de reabilitação (a ser definido conforme a necessidade do paciente).
Entre as principais medidas terapêuticas estão o controle dos sintomas físicos, avaliações psicoterapêuticas e, inclusive, apoio espiritual ao paciente e aos familiares do diagnóstico ao óbito.
Ainda seguindo as diretrizes internacionais, a condição ideal para o desenvolvimento de um atendimento satisfatório deve compreender uma rede de ações composta por consultas ambulatoriais, assistência domiciliar e internação em unidade de média complexidade, destinada ao controle de ocorrências clínicas e aos cuidados de final de vida.
Palestrantes
Henrique Ramos Grigio – Médico de família e paliativista, residência médica em Medicina Paliativa pelo HCFMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), coordenador do programa de assistência e pesquisa em Cuidados Paliativos do Hospital Samaritano, responsável técnico pela empresa de Home Care Dal Bem e membro da Câmara Técnica de Cuidados Paliativos do CREMESP.
Daniel Neves Forte – Médico intensivista e paliativista, doutorado em ciências e pós doutorando em bioética pela FMUSP, coordenador do programa de assistência e ensino e pesquisa em Cuidados Paliativos do Hospital Sírio Libanês e presidente da ANCP (Academia Nacional de Cuidados Paliativos).
Juraci Aparecida Rocha – Médica Assistente do Núcleo de Cuidados Paliativos do HC-FMUSP. Coordenadora do Núcleo de Cuidados Paliativos do Hospital Cruz Azul. Docente da pós-graduação em Cuidados Paliativos do CU São Camilo. Titulada em Medicina Intensiva pela AMIB e AMB.
Manuela Salman – Médica psiquiatra do Hospital Premier – Grupo MAIS. Pós-graduada em Cuidados Paliativos num Modelo de Atenção Integral à Saúde pela Faculdade de Medicina de Itajubá e Hospital Premier. Pós-graduada em Medicina Paliativa pelo Centro Universitário São Camilo/Instituto Paliar. Especializada em Psiquiatria pela Santa Casa de São Paulo.
Dalva Yukie Matsumoto – Médica clínica geral e oncologista, idealizadora e fundadora da Hospedaria de Cuidados Paliativos do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo (HSPM/SP). Membro da Diretoria do HSPM (Hospital do Servidor Público Municipal).
Moderador: Mauricio Bullejos Gonçalves
O gabinete do vereador Gilberto Natalini colocou-se à disposição do coletivo para trabalharem juntos uma política pública para cuidados paliativos no município de São Paulo. 

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