No decorrer dos últimos anos, tornou-se corrente na realidade brasileira denúncias de corrupção e alguns políticos envolvidos em conduta criminosa, tanto a nível federal quanto regional. O lugar comum que o tema assumiu suscita o debate entre os cientistas políticos da compatibilidade entre “ética” e “política” e em que medida é possível aplicar valores éticos à conduta política.
Entretanto, é preciso pensar a questão em perspectiva histórica, visto que o próprio fim da ditadura e o processo de redemocratização datam de um período recente e conturbado, portanto, ainda marcando a política nacional.
Sob esta perspectiva, é possível questionar: de que maneira as últimas expressões da sociedade em busca por justiça e na exigência de um comportamento mais diligente e responsável, por parte de seus representantes políticos, estão traçando caminhos entre ética e política? É possível dissipar a associação inata entre política e corrupção que marcam a história brasileira? Como é possível regulamentar eticamente a conduta política e qual o papel da sociedade nesse processo?
Para aprofundar esse tema o vereador Gilberto Natalini (PV/SP) e a ONG Brasil Eco Planetário, organizaram um evento, para discutir “Ética na Política”, com a presença do Dr. Roberto Livianu, promotor de Justiça em São Paulo e doutor em direito pela USP. Atua na Procuradoria de Justiça de Direitos Difusos e Coletivos. Idealizou e preside o Instituto Não Aceito Corrupção.
Dr. Livianu destacou que é vital se discutir e agir com ética. Ética em todos os campos, seja no contexto interpessoal, na medicina, no empresariado e principalmente na política. Ética, honradez e honestidade. “Ética é o princípio da boa conduta”, ressaltou o promotor de justiça.
“Estamos vivendo um momento muito conturbado na política, precisamos ter calma. Nenhum extremo é bom, nem a direita, nem a esquerda; precisamos seguir o caminho do centro, sempre com liberdade, respeito e ética”, disse Natalini.
Logo após a palestra do Dr. Livianu, foi ministrado o Curso Básico de Formação Política, pelo Sr. Helio Amorim, Presidente da ONG Brasil Eco Planetário.