Fundação Tide Setúbal promove debate sobre Cidades e Territórios

A Fundação Tide Setubal organizou nesta 3ª feira (14/06), o seminário internacional: “Meu Lugar – Cidades e Territórios: Encontros e Fronteiras em busca da Equidade”, na Fecomércio,  em comemoração aos 10 anos da entidade, que se dedica à promoção humana, em especial no bairro Jardim Lallana, em São Miguel Paulista, zona leste. O evento foi realizado em parceria com a Folha de São Paulo e congregou mais de 1000 participantes. O vereador Gilberto Natalini (PV/SP) não pôde estar presente, mas foi representado pelo seu assessor de meio ambiente, Marcelo Morgado.

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A palestrante magna foi a Profª Saskia Sassen da Universidade de Columbia em Nova York, especialista internacional em migrações urbanas e no fenômeno da globalização. Ela falou sobre o empoderamento e participação nas esferas de cidadania e governança participativa. Saskia realiza trabalhos em várias partes do mundo, como em Bagdá e na periferia de Paris, para superar alienação e fomentar o engajamento das comunidades na construção de seus destinos. Nas mesas seguintes estiveram entre outras personalidades: Choukri Ben Ayed, especialista em educação da Université de Limoges (França), encerrando o evento e Pablo Maturana, que trabalhou na agência de cooperação da cidade de Medellín (Colômbia), considerada uma das mais inovadoras do mundo.
Entre renomados pesquisadores brasileiros, Ricardo Abramovay, professor da FEA/USP e do IEE, Christian Dunker, fundador do Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise da USP, Jailson de Souza e Silva, criador do Observatório de Favelas no Rio de Janeiro, e Regina Novaes, cientista social e ex-presidente do Conselho Nacional da Juventude.
No debate Morgado  formulou pergunta sobre como superar a lógica que na gestão atual se acentuou de por de lado a ampliação das áreas verdes, essenciais para cidades saudáveis. De um lado a sanha imobiliária que não quer poupar os terrenos valiosos ainda disponíveis. De outro, movimentos por moradia, direcionados para ocupar áreas de mananciais, fundos de vale e alijados para a periferia, carente de infraestrutura e sujeitando a população mais carente ao movimento pendular casa-trabalho. Este rouba qualidade de vida em longas jornadas de transporte. Contra esta dinâmica perversa se insurgiu o vereador Natalini, votando contra o Plano Diretor e a Lei de Zoneamento, que não promovem a mudança deste quadro, mas apenas o maquiam com uns poucos ganhos reais, insuficientes para se rumar para o desenvolvimento sustentável.

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