Gabinete do vereador Natalini participa do Conclima

Os assessores do Vereador Gilberto Natalini, para saúde pública, Carlos Augusto Donini e para meio ambiente, Marcelo Morgado, participaram de sessões do Conclima – 1ª Conferência Nacional de Mudanças Climáticas Globais, organizada pela Fapesp, INCT – Inst. Nac. Ciência e Tecnologia e Rede Clima do Min. Ciência, Tecnologia. e Inovação (MCTI).

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O evento realizado de 09 a 13/09, em auditório da APAS, no Alto da Lapa, contou com apresentações de cientistas do INPE, USP, Coppe/URFJ, INPA, Unicamp, UFPE, Embrapa, Uerj, UFV, IAE/CTA, entre outras instituições de renome.
A pesquisa brasileira no tema é de alto nível e aponta um cenário futuro alarmante de savanização de até 48% da floresta equatorial amazônica, com áreas de floresta estacional e regime de chuvas. Importante assinalar que a Amazônia transfere umidade para o centro Sul sendo vital para o regime de chuvas no país. Já para a mata de Caatinga o prognóstico é ainda pior ,com desertificação em grande escala.
O assessor Morgado levantou num dos debates o tema das emissões de metano gerado nos reservatórios das novas hidrelétricas pela decomposição de vegetação submersa. Pretende-se que esta seja uma das novas áreas que o modelo computacional de clima estude em maior detalhe, já que o metano tem o poder de efeito estufa 25 vezes o do gás carbônico. Num dos painéis surgiu o debate de como resultados científicos dessa gravidade pouco espaço ocupam na mídia, não são levados na devida conta nas políticas públicas e ficaram de fora nas reivindicações das recentes manifestações de rua.
O Vereador Natalini é uma notável exceção pois colocou como linha central do plano de trabalho de seu mandato a questão e promove desde 2002 as conferências P+L e Mudanças Climáticas. O importante, na linha do pensar globalmente e agir localmente, é todos se motivarem para adotar atitutes que fazem a diferença em se tratando de Amazõnia, como evitar o consumo de madeira-de-lei  em especial sem os devidos registros de origem e sobretudo economizar energia, usar transporte coletivo, praticar a coleta seletiva. Enfim tudo que possa minorar as emissões de gases de efeito estufa que provocam o aquecimento global.
Impactos sobre a saúde individual e coletiva também foram contemplados no referido evento onde os resultados das pesquisas e investigações científicas e projeções indicam fortes tendências a aumentos e decréscimos mais intensos, expressivos e frequentes da temperatura ambiente(ondas de calor e ondas de frio), com impacto direto sobre os organismos vivos, (incluíndo os humanos), reduzindo espécies animais mais frágeis (mamíferos, aves, anfíbios, peixes, silvestres) e favorecendo espécies mais adaptáveis (roedores e insetos). Somadas as perdas previsíveis da flora (incêndios, geadas, secas), e da redução da disponibilidade de águas de superfície,  as pragas e vetores de doenças (dengue, malária, febre amarela, leishmaniose, febre do nilo ocidental, febre de mayaro, febre maculosa, encefalites por arbovírus), tendem a prevalecer com maior frequência e intensidade. Consequências diretas previstas como redução da produtividade de alimentos (grãos,vegetais, frutas, carnes, leite, pescados), epidemias infecciosas extensas e estresse térmico frequente apontam um cenário preocupante, caro e perigoso. Conclui-se portanto que se faz urgente e necessário implementar planos de contingência e controle de curto médio e longo prazos neste complexo desafio da sobrevivência com qualidade e segurança.

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