Uma série de fenômenos vem acontecendo na cidade, como incêndios, estruturas caindo e a ausência de planos emergenciais para a resolução destes problemas fica cada vez mais recorrente.
O último foi a questão do viaduto da Marginal Pinheiros, localizado em frente ao Parque Villa-Lobos, na zona oeste. A sorte é que não havia grandes movimentos na região e ninguém se feriu. E há ainda o risco de desabamento, de acordo com os técnicos que estão estudando o acontecimento.
Problemas com aparelhos de apoio em estruturas, uma das principais causas responsáveis para o viaduto ceder, são mais comuns do que se pensa, é temerário não efetuar a indispensável substituição prévia das peças deterioradas nas edificações.
Sentimos uma carência de estudos de patologias estruturais em viadutos, pontes e edificações, os quais visam prevenir tragédias e evitar prejuízos à população.
Nesse sentido, é recorrente depararmos com estruturas que apresentem armaduras principais de tração de vigas rompidas. Assim como, materiais como as cordoalhas de protensão totalmente expostas, quando não rompidas. Isto é, uma série de fatores negligentes à segurança.
Existem quase 200 viadutos na cidade, sendo que ao menos metade deles apresentam problemas estruturais. Eles não são preservados, não são recuperados, mas os viadutos têm impacto de caminhões e desgaste da estrutura.
Entre o ano passado e este ano, a Prefeitura previu investir R$ 49,7 milhões nesta ação de manutenção e recuperação, mas liquidou 8% deste valor, que se dá em torno de R$ 3,9 milhões.
A questão é mais burocrática do que parece. O viaduto da Marginal por exemplo, não estava na lista de urgência e o prefeito relata o fato de as licitações de projetos para recuperação de estruturas estarem suspensas pelo Tribunal de Contas do Município (TCM). No entanto, o Tribunal destaca a demora da gestão municipal em atender às solicitações feitas pelo órgão.
Ainda é ressaltado o crescimento de gastos com as áreas de saúde, transporte e previdência, necessitando do congelamento de parte do orçamento.
É uma situação crítica que nos encontramos e precisamos de uma solução o mais rápido possível. O nosso mandato está de olho, fiscalizando sempre.
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Gilberto Natalini
Vereador PV/SP