Em reunião na Associação Paulista de Medicina, na última segunda-feira (26), as diversas entidades representativas da sociedade civil que compõem a Frente Democrática em Defesa do SUS definiram os detalhes finais para a mobilização que acontecerá em 5 de abril, diante da Catedral da Sé. Além disso, ficou confirmada para o dia 10 de abril uma audiência com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, em Brasília (DF).
“O ato marca de maneira significativa a defesa do sistema público”, ressaltou o presidente da APM, José Luiz Gomes do Amaral, ao dar abertura à reunião. “Em função do número de conselhos e entidades representativas de vários segmentos aqui presentes, sintam-se à vontade de se posicionarem em prol do SUS”, reforçou.
O diretor de Defesa Profissional da APM, Marun David Cury, relembrou a sucessão de ataques que têm desregulamentado o setor nos últimos anos, como a Emenda Constitucional do Teto (PEC 55/2016), que engessa por 20 anos os gastos do Governo Federal com a Saúde. “É um momento crítico para o SUS. O ministro da Saúde chegou ao ponto de terceirizar o sistema. Por isso, a nossa participação – enquanto entidades e sociedade geral – é fundamental para dar visibilidade a essas lacunas. E esse movimento será enorme”, ressaltou.
Na ocasião, o médico e vereador de São Paulo Gilberto Natalini prestou contas das tarefas feitas até então, como a mobilização da população das regiões Norte, Leste, Sul e Oeste e a impressão do manifesto que será distribuído no dia. “Em reunião da Comissão da Saúde, em 21 de março, expliquei o motivo da nossa reivindicação e convidei todos os vereadores para o ato. Encaminhamos ainda convite para todos os deputados da Assembleia Legislativa de São Paulo. Acredito que o movimento está encorpado.”
Entre as ações executadas pela Associação Paulista de Medicina estão a divulgação de cartazes eletrônicos para 350 entidades; o envio de postagens (malas diretas) para unidades básicas de saúde, faculdades de Medicina, sociedades de especialidades e Regionais da entidade, entre outras.
O ato público – que conta com o apoio de usuários do sistema público, médicos, enfermeiros, dentistas, entre outros profissionais da Saúde, parlamentares e sociedade em geral – tem ainda como ápice o enterro simbólico do ministro Ricardo Barros.
Participaram do encontro: Antônio Vitor Ramos Cardoso (UBS – Cambuci), Carlos Alberto H. de Campos (Cremesp e Santa Casa de São Paulo), Carolina Fagnani (Fehosp); Edemilson Cavalheiro (APM Regional Guarujá), Eni Maria da Silva (Associação Brasileira Superando o Lupus) Fábio José Freire (Sociedade Brasileira de Clínica Médica), Francisca Goreth M. M. Fantini (APM Regional Fernandópolis e Academia Brasileira de Neurologia), Heldio Fortunato Gaspar de Freitas (Medicina Desportiva da Sociedade Paulista e Brasileira), Henrique Carriço da Silva (Sociedade Paulista de Reumatologia), Ismael Gianeri (UGT), João Fernandes (Oftalmologia), Jaime Ribeiro Barbosa (Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem), James Francisco Pedro dos Santos (Coren-SP), João Eduardo Charles (APM Regional São Bernardo do Campo), João Inácio Mildner (Arquidiocese de São Paulo), Jonatas da Silva Souza (Crefito – 3), Luciana Feldman e Ulysses Silva (Gabinete Vereador Natalini), Luciana P. Giorno (HCor), Marilene Rezende Melo (Associação Brasileira de Mulheres Médicas), Maurício Mota de Avelar (Academia de Medicina de São Paulo), Neide Aparecida Sales Biscuola (APDC/CES-AOPSP), Newton Takashima (APM Regional Santo André), Orlando Cândido dos Passos (Siatoef – Observatório da Saúde), Paulo Manabu Honda (Neurocirurgiões – Sociedade de São Paulo e Brasileira), Patrícia Garacisi (APM Regional Guarulhos), Paulo Manabu (Sociedade de Neurologia – Brasil e São Paulo), Renato Azevedo Júnior (Cremesp e Sociedade Paulista de Cardiologia), Roberto Vaz Piesco (APM Regional Botucatu), Sheila Ventura Pereira (Aprofe), Simone de Fátima Lisot (Conselho Regional de Farmácia – SP), Suel Lisboa Silva (CRN 3), Thaís Cavaletti (ABE) e Wilson Rubens Andreoni (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica).
