O ebola é um dos vírus mais mortais que existem. Mata até 90% das pessoas infectadas e não há cura. Ele é transmitido através do contato com o sangue, tecidos ou fluídos corporais de indivíduos doentes, ou pelo contato com superfícies e objetos contaminados. A transmissão se dá quando surgem os sintomas. O período de incubação vai de 2 a 21 dias.
Os sintomas, de maneira geral, incluem: febre, dores de cabeça, nas articulações e musculares, fraqueza, diarréia, vômitos, dor estomacal, falta de apetite e, em alguns casos, hemorragia.
Atualmente existem vários remédios experimentais contra o ebola, incluído um coquetel com três tipos de anticorpos. Há expectativa de que até o final do ano seja anunciada uma vacina.
A Organização Médicos Sem Fronteiras advertiu que a epidemia está fora de controle e afirma que as limitações logísticas impedem a organização de aumentar sua ajuda nos países mais atingidos, Guiné, Libéria e Serra Leoa. Em seis meses, o ebola infectou mais de 6.500 pessoas e causou a morte de 3.100, nesses três países. Num cenário mais negativo cerca de 1,4 milhão de pessoas podem ser infectadas, de acordo com informação do secretário-geral da ONU.
Esta é a maior epidemia da doença desde que o vírus foi descoberto em 1976, na República Democrática do Congo (antigo Zaire). O primeiro caso do surto atual – o mais mortal já registrado – foi confirmado em Guiné, em fevereiro deste ano.
Os morcegos frugívoros são seu hospedeiro natural e, na África, tem sido documentada a infecção através do contato com chimpanzés, gorilas, macacos, antílopes e porcos-espinhos infectados que foram encontrados mortos na selva, destaca a OMS – Organização Mundial da Saúde.
No Brasil, existem medidas previstas no protocolo nacional, tais como: comunicar à secretaria estadual de saúde e o Ministério da Saúde. E, segundo estudos, o risco do ebola chegar ao Brasil é de cinco porcento.
Gilberto Natalini
Médico e Vereador PV/ SP
