Carambola pode ser fatal para pessoas com doenças renais

A carambola apresenta diversos fatores importantes para a saúde. Possui vitamina A, aliada da visão, na pele e auxilia no desenvolvimento do feto. Também conta com a vitamina C, essencial na imunidade. A vitamina E, com forte ação antioxidante e, por último, vitaminas do complexo B, grandes agentes para o sistema neurológico. Apesar destes pontos positivos, essa fruta também têm seus agravantes. Pesquisadores das faculdades de Medicina (FMRP) e de Ciências Farmacêuticas (FCFRP) da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, realizaram uma pesquisa onde perceberam uma substância tóxica chamada caramboxina, presente na carambola que, em excesso, pode se tornar prejudicial, em especial, para as pessoas que possuem algum tipo de doença renal.


Em entrevista para o portal Drauzio Varella, o reumatologista Thiago Bitar, enfatizou que essa substância pode ser nociva para os rins, pois o indivíduo não consegue eliminar por completo do organismo, acabando por se intoxicar.
Conforme os níveis dessa substância vão se acumulando no organismo, ela pode penetrar no cérebro pela barreira hematoencefálica e levar a sintomas como vômitos, fraqueza muscular, insônia, agitação, confusão mental, convulsões e eventualmente até a morte.
A insuficiência renal crônica ocorre quando uma doença – especialmente hipertensão arterial e diabetes, as que mais causam este tipo de problema – prejudicam a função renal, provocando danos aos rins, tendendo a pioras do quadro ao longo de vários meses e até anos. Quando não identificada e tratada, pode levar à paralisação dos rins.
Nas pessoas que não tem nenhuma doença relacionada, o sangue é filtrado normalmente, onde eliminam a caramboxina pela urina. Todavia, se recomenda o consumo cuidadoso da fruta, sem haver exageros.
Em uma média de 16 anos no Brasil, a quantidade de pessoas contraídas com esta doença só cresce. A necessidade de enfermos que precisam de diálise, passou de 42 mil em 2000 para 122 mil pessoas no ano de 2016, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia. A questão é preocupante e requer uma atenção especial.
Como médico e vereador tenho trabalhado pelas pessoas com doenças renais. É de nossa autoria o Projeto de Lei 532/2007- Lei 15.426/2011, que promove o Programa de Prevenção e Combate às Doenças Renais Crônicas na cidade de São Paulo. Este plano contempla atividades públicas de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença, além do treinamento para profissionais da saúde e a realização facilitada para exames específicos.
Além disso, também sou autor do PL 0099/2016, o qual exige que os estabelecimentos comerciais fixem em seus pontos de venda de carambola e produtos derivados, cartazes de alerta, em especial onde há a presença de pessoas com doenças renais crônicas, colocando explícito seus riscos de consumo, junto de sua validade, na cidade de São Paulo.
Trabalhamos muito por mais qualidade de vida para todos.
Gilberto Natalini- Médico e Vereador PV/SP

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