O aedes aegypti é um pernilongo doméstico, presente mais em regiões urbanas, com grande contingente populacional. Um mosquito tão pequeno mas que pode fazer um estrago.
Muitos acreditam que esta “espécie” apenas se desenvolve para a dengue, mas não é bem assim. O aedes pode ajudar na transmissão de mais três doenças: febre amarela, zika e chikungunya.
A maior preocupação com o zika vírus é a sua relação com casos de microcefalia e alterações neurológicas em bebês, cujas mães tiveram contato com o vírus durante a gravidez — mesmo que não tenham manifestado sintomas. Não há um tratamento específico e apenas os sintomas são tratados.
A chikungunya é assintomática – ou seja, o paciente não apresenta sintomas – em cerca de 30% das ocorrências. O maior risco dessa patologia para as pessoas contraídas, é a de causar dores articulares intensas por até seis meses após o contágio.
A febre amarela não registra casos no Brasil desde 1942 pelo aedes aegypti, considerada febre amarela urbana. Os que são registrados, são de febre amarela silvestre, transmitidas pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Mas isso não tira a preocupação, pois o vírus é o mesmo e os sintomas também. É uma doença que pode matar. Por isso é tão importante que as pessoas sejam vacinadas.
Dentre essas doenças, a dengue é a mais temida. A sua infecção pode não ter sintomas, como também pode manifestar sintomas graves. O número de casos suspeitos de dengue aumentaram 241% neste ano. No ano anterior, foram registrados 674 aqui em São Paulo. No começo deste ano, já subiu para 2300, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Um salto preocupante.
O Instituto Butantan em São Paulo, é um dos centros de pesquisa, desde 2007, voltado para o desenvolvimento da vacina que imuniza os 4 subtipos da dengue. A produção se encontra em fase de testes porém, foi uma grande vitória para o Brasil e São Paulo, o Butantan patentear o registro da produção desenvolvida localmente no instituto Uspto – Escritório de Patentes e Marcas dos EUA. Nos laboratórios da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, começaram a produção de uma vacina para imunizar totalmente o vírus do aedes aegypti, mas está ameaçada pela falta de verba.
Sou autor do Projeto de Lei 99/2016 que estabelece um programa de ações emergenciais na saúde pública para o combate ao aedes aegypti, chamado: “Guerra ao Mosquito”, no município de São Paulo. Também criamos na Câmara, o Comitê Municipal de Combate ao Aedes, que juntou uma centenas de parceiros e produziu milhares de folhetos educativos.
O subfinanciamento do SUS e a má gestão estão trazendo de volta doenças que já haviam sido erradicadas. A vacinação é muito importante!!!!!
Gilberto Natalini- Médico e Vereador PV/SP