Ato Público reúne centenas de pessoas no centro de SP

O Dia Mundial da Saúde amanheceu, na capital paulista, com clima típico da terra da garoa. Mas, nem o ar frio e úmido da manhã tiraram o entusiasmo e a energia dos, aproximadamente, 1000 manifestantes que participaram do ato público em defesa do SUS, nesta terça feira (7/04) no centro de São Paulo.

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Além de cidadãos e usuários do SUS, participaram também da caminhada médicos, cirurgiões dentistas, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, psicólogos e alguns parlamentares como o vereador Gilberto Natalini (PV). As pessoas se concentraram, logo cedo, em frente APM – Associação Paulista de Medicina e seguiram pelas ruas do centro de São Paulo até a Praça da Sé, onde abraçaram a Catedral e em seguida soltaram os cerca de três mil balões com os dizeres “SOS SUS”, em protesto pela situação, atual, da rede pública de saúde.

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Durante a passeata, palavras de ordem pediam por mais recursos e investimentos na saúde do Brasil. “O recurso é muito pouco. A situação é muito grave e a equipe é muito pequena para atender a população do nosso país”, disse Natalini. Segundo o vereador, os profissionais da área da saúde, como médicos e cirurgiões dentistas, por exemplo, ganham muito pouco.

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Cerca de 30 estudantes, do último ano de enfermagem, que participaram do ato vieram de Fernandópolis, região de São José do Rio Preto, interior do Estado de São Paulo. Foi o caso de Isabel Fuji, que está prestes a se formar enfermeira. A jovem afirmou que pretende depois de formada trabalhar em aldeias indígenas e sabe que para isso é necessário travar uma grande batalha. “Viajei nove horas para chegar aqui e acredito que a causa seja muito importante. Pretendo trabalhar em lugares em que as dificuldades na saúde também são imensas”, disse ela.

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Usuários do SUS, na região do Cangaíba, zona leste de São Paulo, apontaram problemas como falta de especialidades médicas. De acordo com a aposentada Maria de Lourdes Barros, pacientes que precisam passar em consulta com psiquiatra, por exemplo, não tem. “No meu caso faço uso de remédio controlado para depressão e a única coisa que eu consegui, depois de madrugar na fila, foi ser atendida por um clínico”, relatou Maria.
Para dona Elvira Rodrigues, 81 anos, moradora da Vila Sílvia, zona leste de São Paulo, o problema da falta de médicos nos postos de saúde da cidade se deve à falta de segurança em alguns bairros da periferia. “Os médicos não querem trabalhar no posto, por causa da violência. Os médicos sofrem com roubos constantemente. O posto perto da minha casa já foi assaltado várias vezes e ninguém faz nada”, afirmou Elvira que também participou segurando faixas em defesa do SUS, até o final da caminhada.

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